Dois jovens de 19 e 22 foram presos na madrugada deste sábado (30) por colaborarem em um furto a uma agência do Banco do Brasil no Centro de Denise (a 208 km de Cuiabá). Depois de detidos, eles afirmaram que praticaram o crime a mando do Comando Vermelho porque estavam jurados de morte pela facção.
A Polícia Militar foi acionada pela empresa responsável pelo monitoramento da agência e também pelo gerente do banco, que informaram que o alarme havia disparado. Logo que acionados, os policiais ficaram desconfiados, visto que havia um veículo Gol de cor prata passando várias vezes em frente ao quartel da Polícia Militar.
Os policiais aguardaram a saída do Gol e foram até a agência do Banco do Brasil. A princípio, pelo lado de fora, os policiais não notaram nenhuma irregularidade. Mas depois, acompanhados do gerente, entraram no banco e viram que a sala onde fica o sistema de alarme estava totalmente danificada.
Conforme o boletim de ocorrência, quando estavam no banco, os militares ouviram o barulho de aceleração de um veículo em alta velocidade. Eles saíram da agência e perceberam que era o Gol prata que estava rondando o quartel pouco antes.
A equipe foi para a rua, com a intenção de parar os suspeitos, e iniciaram uma perseguição. Mas, mesmo com sinais luminosos e sonoros de alerta, eles não obedeceram a ordem e somente na saída da cidade de Denise os militares conseguiram abordá-los.
Mesmo já detidos, os suspeitos, de 19 e 22 anos, continuaram resistindo a obedecer às ordens da equipe policial. Por fim, eles foram revistados e nada de ilícito foi encontrado.
Perguntados sobre o motivo de estarem na proximidade do quartel e, posteriormente, do banco, um dos suspeitos disse que estava apenas de passagem pela cidade. Mas, depois, os dois assumiram que estavam responsáveis por entregar um equipamento que seria utilizado para o furto da agência do Banco do Brasil.
O suspeito de 19 anos disse aos policiais que recebeu uma bolsa com equipamentos de um terceiro suspeito, de 27 anos, na cidade de Barra do Bugres (a 175 km de Cuiabá). Segundo o jovem, a ordem era de que ele e o amigo de 22 anos deixassem a bolsa escondida antes da entrada da cidade de Denise.
Eles obedeceram e deixaram a bolsa e, depois, viram outros suspeitos pegando-a e colocando em um carro modelo Ônix azul escuro.
Conforme o boletim de ocorrência, os suspeitos de 19 e 22 anos tinham a função de levar parte do equipamento e monitorar as redondezas do Banco do Brasil e do núcleo da Polícia Militar, para auxiliar no furto.
Os dois teriam sido recrutados pelo suspeito de 27 anos, porque o jovem de 22 anos, conhecido pelo apelido “olho de vidro”, teve um caso amoroso com a mulher do suspeito de 27 anos e, por isso, os dois jovens foram jurados de morte pela facção Comando Vermelho.
O acusado de 27 anos é integrante do Comando Vermelho e organizou o furto ao banco, recrutando os dois jovens e dizendo a eles que se ajudassem na ação não seriam mortos.
Os policiais seguiram até Barra do Bugres, na casa do suposto mandante do crime, mas ele já havia fugido. No local, os policiais encontraram seu RH.
Ainda segundo os dois jovens presos, o mandante teria afirmado que, caso ajudassem no furto, seriam perdoados pelo Comando Vermelho e ainda receberiam uma quantia em dinheiro se o furto desse certo.
Os jovens foram encaminhados para a delegacia e o mandante segue foragido. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foi acionada para realizar a perícia no Banco do Brasil e o material encontrado no forro da agência ficou sob responsabilidade da Politec de Tangará da Serra (a 245 km de Cuiabá).
