Judiciário

Jovem que matou namorado da ex no banheiro de terminal é condenado a 15 anos de prisão

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Jovem que matou namorado da ex no banheiro de terminal é condenado a 15 anos de prisão

O Tribunal do Júri de Cuiabá condenou, na quinta-feira (4), o jovem Renan Antônio do Nascimento, de 22 anos, pela morte de Cristian Gleydson de Castro Rodrigues, de 20 anos. O rapaz era namorado da ex-companheira de Renan e foi assassinado no banheiro do terminal de ônibus do CPA 1, em Cuiabá, no dia 28 de julho de 2014.

Conforme a denúncia do Ministério Público do Estado (MPE), Renan namorou, por um ano e meio, uma jovem chamada Polyanna. No entanto, devido ao excesso de ciúmes por parte do rapaz, o casal rompeu com o relacionamento em julho daquele ano, uma semana antes do crime acontecer.

Polyanna já estava começando uma nova relação com Cristian Gleydson, mas, por ainda nutrir sentimento pela ex-namorada, Renan continuava a procurando, querendo reatar o relacionamento.

Naquele dia do crime, Renan chamou a ex-namorada para conversar, no terminal de ônibus do CPA 1. Ele queria mais uma chance, mas a jovem negou a reconciliação. Ela justificou à Renan que já estava interessada em outra pessoa. Depois, o rapaz se despediu e fingiu ir para sua casa. No entanto, continuou no terminal.

Ainda no terminal de ônibus, Polyanna ligou para que Cristian fosse encontrá-la. Lá, conversaram durante alguns minutos e passaram a trocar carícias. A cena teria sido vista pelo ex-namorado da jovem, que esperava apenas um momento que Cristian se afastasse da menina. Quando o novo namorado foi ao banheiro, então, o crime aconteceu.

Segundo a denúncia, Renan se aproximou de forma sorrateira e desferiu três golpes de faca no peito do outro rapaz. Depois, saiu do local de forma calma, ainda com a faca das mãos. Ele disse ter sido assaltado e passou a fazer uma ligação no celular. Enquanto isso, Cristian conseguiu sair do banheiro e pedir por socorro. Entretanto, a poucos metros da porta do banheiro, caiu e morreu. Ele teve um músculo do coração atingido pela faca.

Renan foi preso em flagrante e levado para a delegacia e solto no dia 12 de fevereiro de 2015. Desde então, respondia ao processo em liberdade.

Julgamento

Na sessão de julgamento pelo Tribunal do Júri, quase cinco anos depois do crime, a mãe de Cristian esteve presente. Visivelmente abalada, a mulher, identificada como Joelma, ainda carrega a dor de perder um filho, que, conforme a juíza, era muito querido e considerado por sua mãe um “filho exemplar”.

“Revelam os autos que mãe e filho eram muito companheiros um do outro. Polyana declarou que no pouco tempo que conversou com a vítima no dia dos fatos, Cristian lhe confidenciou que “a mãe era tudo para ele” e o mesmo foi dito por Joelma, em relação à vítima, destacando que ele sempre foi um filho exemplar e que apesar dele ganhar pouco, trabalhando desde a adolescência, sempre auxiliou nas despesas da família e dizia que a ajudaria a cuidar dos irmãos, especialmente da irmã caçula”, diz trecho da sentença do Júri.

Apesar de Renan ser réu primário, a juíza observou que o motivo do crime foi fútil, e que “a premeditação e a frieza do réu extrapolaram a descrição da figura típica, merecendo ser mais severamente apenado”.

A magistrada ainda classificou a atitude de Renan como “audaciosa”, considerando o grande fluxo de pessoas que haviam na cena do crime, conforme percebido pelas imagens das câmeras de segurança do terminal. Dessa forma, condenou Renan em 15 anos de prisão, em regime inicialmente fechado.

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