Um grupo de oito jovens de Mato Grosso pode ter a oportunidade de conhecer as instalações da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa). E o melhor, a viagem sai de graça, totalmente custeada pela agência.
Tudo graças a um jogo em que o personagem principal é uma capivara que sobreviveu ao fim do mundo. A missão do jogador: repovoar o planeta.
Para chegar nesse “nível”, eles tiveram que vencer a NASA Space Apps Challenge. Uma maratona de 48 horas de trabalho, criada pela agência espacial. Nela, a regra era abusar da criatividade para resolver desafios reais enfrentados no mundo.
A competição ocorreu simultaneamente em 200 cidades ao redor do planeta, nos dias 19 e 20 de outubro. Em Mato Grosso, o desafio reuniu 100 participantes.
De 25 temas apresentados, apenas 13 deles se tornaram desafios para os participantes resolverem. Foi quando o estudante Otávio Mendonça teve que optar por um “Plano B”, porque sua área escolhida não estava entre as propostas.
Nessa altura, ele nem imaginava que se tornaria ganhador da competição.
O rapaz é estudante de Engenharia de Controle e Automação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e disse que foi um desafio ter que desenvolver o projeto, principalmente por não ser sua área de “domínio”.
Ele contou ao LIVRE que a equipe chegou até a desanimar, ao perceber o que os concorrentes estavam projetando. Mas com o incentivo de um dos mentores da competição, a equipe criou gás e gerou o projeto.
O apocalipse e a capivara
O tema da equipe era “Build Your Planet” (que significa “construa seu planeta”, em inglês). A proposta foi elaborar um jogo no qual o usuário pudesse criar um planeta com possibilidade de vida. E o jogo precisava ser educativo.
Diversas ideias surgiram até que o resultado final chegasse. E como ficou? Com um cenário apocalíptico.
Na história do jogo, o universo todo sumiu e só uma capivara foi sobrevivente. Mas ela conseguiu absorver todo o conhecimento do mundo e, agora, vai poder criar seu próprio planeta.
De onde saiu essa capivara? A equipe até cogitou outras possibilidades. Uma barata sobrevivente foi uma delas. Mas o animal típico da região Centro Oeste do Brasil acabou levando a melhor.
“A gente queria criar um jogo que fosse didático e democraticamente educativo. E a gente usou a capivara como um elemento que conduzia o usuário a um nível de aprendizado”, comentou o universitário.
Ficou interessado né? Mas o jogo não está disponível. Segundo Otávio, a equipe formulou apenas o conceito do game, para exemplificar como queriam que ele ficasse.
Não há previsão de que ele saia do papel. Mas quem sabe, não é mesmo?!
Etapa 2
Depois que venceram a competição, os oito ganhadores tiveram poucos minutos para se preparar para a segunda etapa da NASA Space Apps Challenge. Ela consistiu na gravação de um vídeo curto, de 30 segundos.
Nas imagens, o grupo teria que apresentar a proposta ganhadora – em inglês. A gravação foi feita no mesmo dia e enviada para a agência americana. Agora, eles aguardam o resultado.