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Joaquim chama Taques de “imperador” e coronel” e se diz perseguido

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Joaquim chama Taques de “imperador” e coronel” e se diz perseguido

Ednilson Aguiar/O Livre

Antonio Joaquim

Antonio Joaquim diz que está sendo perseguido pelo governador Pedro Taques, em razão de ele ainda não ter assinado seu ato de aposentadoria do TCE

O conselheiro Antonio Joaquim acusou o governador Pedro Taques (PSDB) de fazer “política velha” e perseguir adversários, em coletiva na tarde desta sexta-feira (27), no Tribunal de Justiça (TJ).

Ele criticou a demora do governador em assinar o ato da sua aposentadoria do cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), e o acusou de fazer isso para tentar atrapalhar sua filiação ao PTB, agendada para 8 de novembro.

Como conselheiro, ele é proibido de ter atuação política-partidária. Por isso, aguarda a aposentadoria para dar início a uma pré-campanha a governador.

“Ele quer eliminar qualquer um que diga que pode ser candidato para confrontá-lo e debater. Ele não vai conseguir isso. Acho que Taques sonha com a possibilidade de assinar um decreto cancelando as eleições de 2018 e se promulgando governador reeleito de Mato Grosso”, afirmou o conselheiro.

“Não vou ficar com medo de politicalha, de política velha. Pedro Taques faz como aqueles coronéis do interior, perseguindo os adversários, ouvindo os adversários”, alegou.

Antonio Joaquim chegou a anunciar um processo para obrigar o governador a assinar o documento, mas desistiu. “Numa roda de deputados, ele disse que não iria assinar a aposentadoria”, justificou.

O pedido de aposentadoria está nas mãos do governador desde o dia 19. Diante do anúncio de processo, o Gabinete de Comunicação (Gcom) informou que, pela Lei 7692/2002, o prazo para o governador assinar o documento é de 20 dias – desse modo, o prazo acaba no mesmo dia do evento de filiação agendado pelo conselheiro.

“Ele nem instrui o processo. Quem faz isso é o TCE. O ato administrativo poderia ser feito em um dia. Então é uma ação política. Ele quer me impedir de fazer o ato no dia 8. Quer censurar um ato político das oposições do Estado. Considero que não havia necessidade de ele criar essa crise”, argumentou Antonio Joaquim. “Não é o doutor imperador Pedro Taques, atormentado no Palácio, que vai decidir minha vida. Minha vida sou eu que decido”, afirmou.

O conselheiro insinuou que Taques usa o cargo para favorecer a própria reeleição. “Todo mundo sabe que ele é candidato à reeleição. Espero que ele tenha juízo de não lambuzar o cargo de governador pela sua pretensão de se reeleger”, disse.

“Está com medo da minha candidatura? O governador Pedro Taques tem que ter mais coragem. Ele vive amedrontado no Palácio com o fracasso da sua gestão?” Ao lançar a pré-candidatura, na semana passada, Antonio Joaquim definiu a atual gestão como um “fracasso ético e administrativo”. 

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