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Jardim das Américas: moradores aguardam obra há 6 anos e propõem adequações

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Jardim das Américas: moradores aguardam obra há 6 anos e propõem adequações
(Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

Há os que acreditam que a obra vai desafogar o trânsito e há os que defendem que a intervenção precisa de melhorias porque vai isolar algumas ruas, como a Montreal.

Mas, no final das contas, todos defendem a necessidade e as benfeitorias que serão trazidas para o bairro Jardim das Américas, em Cuiabá, quando a obra de implantação e duplicação da avenida Parque Barbado for concluída.

Atualmente, conforme a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), a obra, orçada em R$ 29 milhões, está com 80% do cronograma concluído. Porém, os moradores estão como São Thomé: “querem ver para crer”.

A construção é uma das remanescentes da Copa do Mundo de 2014 e foi contratada em 2013, ou seja, seis anos atrás.

O prazo inicial de conclusão, de acordo com o informado na placa, seria meados de 2017. Com problemas orçamentários, a expectativa foi adiada para o final deste ano.

Obra foi contratada em 2013 e não foi concluída porque governo atrasou repasses a empresa (Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

Via saturada

Neste período, Luciano Batista de Souza viu o trânsito aumentar, gerando acidentes e transtornos. Ele tem uma frutaria na avenida Brasília, no trecho próximo à avenida Arquimedes Pereira Lima – Estrada do Moinho.

“Fica sem espaço para estacionamento nos horários de pico e os carros andam coladinhos. Muitos motoqueiros acabam sendo atingidos quando tentam sair da fila”.

Segundo o empresário, dificilmente as pessoas se machucam, mas o transtorno é grande, principalmente quando se trata de engavetamento.

“É só o motorista se distrair e o da frente frear bruscamente que as batidas são sequenciais. Aí, para tudo, chama amarelinho e polícia, e os carros ficam sem ter para onde sair”.

Na opinião de Luciano, a nova avenida será uma vantagem para o bairro, já que os veículos que entram na comunidade de passagem, poderão sair mais rápido e não ficar prejudicando a mobilidade dos moradores.

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Quem vai a pé

As pessoas que sempre passam pelo local, já percebem as vantagens. Onde antes era uma ponte, com as laterais e área de pedestres tomadas pela erosão, hoje há calçada.

Segundo a aposentada Elza Ferreira, ela se sente mais segura ao caminhar. Moradora do Tijucal, ela sempre passa pela avenida, onde a fisioterapeuta dela tem consultório.

“Era cheio de mato e, as vezes, as pessoas tinham que passar pela rua. Naquela época, não me arriscava, vinha apenas de carro”.

Elza Ferreira diz que construção foi benéfica aos pedestres que precisam passar pelo local (Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

Sugestão de moradores

Dori José Dias é aeronauta e tem uma distribuidora de bebidas na avenida Montreal. Para ele, a obra deveria ter uma espécie e bifurcação para o acesso direto a rua.

A rua dele fica paralela a nova via. Não há nenhuma casa entre as duas pistas e, mesmo assim, não foi previsto acesso direto.

“De certa forma, matou a nossa rua. O bairro está ficando comercial e muitos negócios ficarão inviáveis. As pessoas querem comodidade e não dar uma imensa volta para chegar ao local desejado”.

Dori Dias reivindica acesso a rua Montreal, que ficará, na opinião dele, isolada (Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

Concepção e atrasos

Secretário-adjunto de Obras Especiais da Sinfra, Isaac Nascimento Filho explica que a obra foi contratada, mas no decorrer dos trabalhos, houve atrasos nos pagamentos à empresa responsável pela construção, o Consórcio Guaxe/Ecomind.

Este ano, os repasses foram feitos e a obra retomada. A previsão de entrega é dezembro.

Quando estiver pronta, a via ligará a estrada do Moinho à avenida Fernando Corrêa da Costa.

Com relação a concepção da obra, Filho lembra que o trânsito na avenida Brasília está saturado e o objetivo da obra é resolver o problema.

Hoje, a via está em acabamento e o foco do trabalho está na construção da rotatória, na intersecção entre a nova pista e a estrada do Moinho.

No que diz respeito a reclamação dos moradores da Montreal, o secretário-adjunto diz que eles podem procurar a Prefeitura de Cuiabá para fazer sugestões de melhorias.

“Não temos jurisdição para fazer qualquer alteração no projeto ou modificar qualquer área, além daquela estabelecida em contrato”.

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