Pressionado por conta de uma denúncia de assédio sexual, o presidente do Indea (Instituto de Desenvolvimento Agropecuário de Mato Grosso), Marcos Catão Dornelas Vilaça, pediu demissão do cargo. A confirmação foi feita por meio de nota à imprensa.
Como se trata de servidor efetivo aprovado em concurso, ele permanecerá no serviço público, mas deverá responder a um processo administrativo disciplinar (PAD).
Na manhã desta segunda-feira (18), houve uma manifestação de mulheres em frente ao Palácio Paiaguás cobrando providências.
De acordo com o Boletim de Ocorrência registrado na Polícia Civil por uma ex-servidora do Indea, o assédio sexual teria acontecido em um dos dias em que ela precisou entrar na sala de Dornelas para repor as garrafas d’água, quando ele passou a dar investidas verbais, realizando também ato obsceno.
Como não houve correspondência às investidas, a ex-servidora foi demitida do cargo, o que foi considerado por ela como uma “retaliação”.
Confira a íntegra da nota de esclarecimento:
Para evitar maiores desgastes à instituição ao qual presto serviços há 27 anos, solicitei nesta segunda-feira (18.01) meu afastamento da presidência do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (INDEA-MT).
Dedicarei meus esforços em construir minha defesa e provar minha inocência em relação a esta situação levantada contra mim.
Confio nos órgãos de investigação e na Justiça, que certamente vão apurar e julgar os fatos de forma independente e imparcial.