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Instituto Ciranda amarga cinco anos à espera da Casa de Bem Bem

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Instituto Ciranda amarga cinco anos à espera da Casa de Bem Bem

Divulgação

Instituto Ciranda

Instituto Ciranda atende 300 alunos. Com a nova sede, poderia atender mais de 1000 crianças e adolescentes

Com a promessa de ocupar o espaço da Casa de Bem Bem, o Instituto Ciranda já amarga cinco anos à espera. De acordo com um Termo de Comodato mediado pela Secretaria de Estado de Cultura e assinado com a família Palma, o local seria administrado pelo Ciranda desde 2012. Com a demora e desinformação, o projeto que promove ações culturais e educativas por meio da música, sem fins lucrativos, segue com prejuízos financeiros e dificuldade de atender a alta demanda. O valor gasto em aluguel nestes cinco anos, poderiam ter sido revertidos na ampliação de vagas e ainda, na aquisição de instrumentos musicais.

O imóvel deveria sediar ações culturais e aulas de música gratuitas para crianças e jovens durante 20 anos. Agora, 15. Após assumir a gestão, o Instituto Ciranda juntou esforços com o arquiteto Rafael Dias para construir um projeto de captação de recursos para restauração da casa. Um ano depois, em 2013, esse projeto foi doado para a Prefeitura de Cuiabá para aprovação no programa PAC Cidades Históricas.

Reprodução Projeto/Rafael Dias

Projeto Instituto Ciranda

O projeto elaborado pelo arquiteto Rafael Dias e doado ao Instituto Ciranda abrigaria a escola de música do Ciranda

Na época, foram reservados para a Capital cerca de R$ 10,5 milhões do governo federal que contemplaram 16 projetos, entre eles a nova sede. No entanto, desde então a casa já passou por várias limpezas, foi destelhada, e com o período de chuvas as paredes correm risco de ruírem.

Segundo o presidente do Instituto Ciranda, Murilo Alves, a última notícia que os membros tiveram foi que o recurso foi liberado, mas esbarrou na necessidade de um projeto arqueológico que hoje está a um preço de mercado maior que o da época. A coordenadora administrativa, Elisângela Passos, afirma que, atualmente, a sede principal do projeto atende cerca de 300 alunos, mas com a nova sede poderia atender mais de mil.

Murilo também ressaltou a importância da conclusão da revitalização para o instituto e diz se sentir de mãos atadas. “A gente precisa dessa sede mais que nunca, esse ano completamos 15 anos de projeto e, infelizmente, a única coisa que o Ciranda pode fazer é esperar, já fizemos tudo o que estava ao nosso alcance”. Ele ainda questiona: “Mesmo havendo um problema recente, esse projeto já está em andamento há quantos anos?”.

Hoje o Instituto atende mil pessoas em todo o Estado e está sediado no Bairro Boa Esperança. Também atende polos situados na capital, no bairro Dr. Fábio Leite, em Várzea Grande, no bairro São Matheus, nos municípios de Campo Verde, Nova Brasilândia, Rondonópolis, Poconé e nas comunidades João Carro e Água Fria em Chapada dos Guimarães.

Patrimônio

Conhecida popularmente como Casa do Bem-Bem, a antiga propriedade da família Palmas é famosa por já ter reunido a cuiabania em festividades religiosas. Construída em 1850, foi tombada por portaria estadual em junho de 1998, e é considerada patrimônio histórico pela união desde 1992. Vinte cinco anos depois, quem passa pela Rua Barão de Melgaço mal enxerga o casarão de estilo colonial legitimamente cuiabano, degastado pelo tempo, as reformas e o abandono.

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