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Inspirado pela arte manifesta em espaço urbano, Caio Augusto lança novo livro de poesias

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Inspirado pela arte manifesta em espaço urbano, Caio Augusto lança novo livro de poesias

O cuiabano Caio Augusto Ribeiro lança sua nova obra literária, revelando mais uma faceta do artista que, desta vez, se inspirou na arte visual urbana para a coletânea de poesias. ‘Manifesto da Manifesta’ é o terceiro livro do jovem escritor contemplado pelo edital municipal de Cultura, que será lançado pela editora Carlini & Caniato.

A obra foi construída a partir de uma pesquisa com o lambe-lambe, técnica que consiste em colagens de cartazes artísticos – e críticos – em espaços públicos da cidade. Junto à mentora Marília Beatriz Figueiredo, Caio Augusto se debruçou no formato intervenção criativa e interativa, que busca despertar reflexões em contexto cotidiano, colocando a mão na massa ao espalhar uma série de colagens em Cuiabá.

“A partir destes processos fui desenvolvendo a relação que queria que o livro tivesse com as coisas, com a época, com o leitor, com o espaço e, especialmente, com o público. Depois de todas essas ações, comecei a escrever as poesias e a montagem do livro, todas sempre atentas com tudo que estava acontecendo lá fora e aqui dentro”, conta o Caio.

Em um processo criativo bem diferente dos livros anteriores, Caio conta que se preocupou essencialmente com o estudo de um conceito: a construção de um manifesto. Para isso, deu continuidade em seus estudos de poema-processo e poesia-visual, influenciado por Wlademir Dias Pino e Silva Freire, com uma pitada de Yoko Ono.

Conceitos aplicados não só na escrita, como na concepção visual da capa, assinada por Luiz Marchetti. “É como eu digo, é um livro livre e que foi feito com muito cuidado”, ressalta o autor. Assina a leitura de contracapa Angela Coradini, o texto de orelha é de Wuldson Marcelo e as fotografias de Elizabeth Othon.

Aos 22 anos, Caio Augusto Ribeiro passeia pelas artes literária, audiovisual e cênicas. É autor de outros dois livros, Porão da Alma (clube de autores, 2015) e Colecionador de Tempestades (Carlini & Caniato, 2017), e diretor do vídeo-arte Réquiem Para Flores (2017).

Fundador do coletivo Teatro Laboratório Experimental, grupo de pesquisa em processos criativos para teatro (mas não só isso), trabalha com teatro desde 2009 e atualmente flerta com a performance.  Ademais, é um entusiasta da arte lambe-lambe e acadêmico de Ciências Sociais pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Conheça Caio Augusto Ribeiro e saiba o que o jovem manifesta no evento de lançamento, que acontece na próxima terça-feira (21), às 19 horas, na Academia Mato-grossense de Letras. Por enquanto, ele deixou uma amostra:

“MANIFESTO DO OLHO:

Um olhar é sempre um/
um toque/
quando me vejo refletido no teu olho/
corpos se tocam/
sem colidir”

“MANIFESTO DO PALADAR

O gosto da pétala é só a lembrança /
da flor/”

“MANIFESTO DA AUTODESCOBERTA III:

Descuidei e/
me tornei/
aquilo que fiz/
pouco caso/”

 

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