Pequenos empresários que se adaptaram à situação da pandemia sentiram menos no bolso o impacto da paralisação econômica.
Uma pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que os empresários que desenvolveram práticas inovadoras registraram perda de 32% da receita, as empresas que não inovaram tiveram perda de 39%.
Um em cada quatro empresários de micro ou pequenos negócios disse à pesquisa que adotou alguma medida que não haviam utilizado antes em seu negócio.
Conforme o Sebrae, os principais desafios para esses empresários estão na digitalização dos serviços.
A empresária Idalegugar Fernandes e Silva de Castro, mais conhecida como Guga Fernandes, montou a primeira indústria de vitaminas e minerais das regiões Norte e Nordeste do país em 2013.
Até 2018, a empresa alcançava rentabilidade muito modesta por meio de pontos de vendas localizados em locais estratégicos das cidades onde atuava.
Após um treinamento no Sebrae, ela abandonou a ideia de vender em pontos físicos e automatizou o comércio para o digital, usando principalmente redes sociais. Além disso, contratou uma equipe de funcionárias para fazer a revenda.
“Com nossa transformação, saltamos de um lucro de R$ 15 mil mensais para R$ 200 mil. Isso é incrível, levou tempo e amadurecimento. Através das jornadas de imersão no meu negócio eu desenvolvi uma visão macro”, disse.
A presença consolidada nas redes sociais também permitiu que a empresária enfrentasse a crise econômica decorrente da pandemia com mais estabilidade.