Cidades

Indígenas mato-grossenses ficam encantados ao verem o mar pela primeira vez

2 minutos de leitura
Indígenas mato-grossenses ficam encantados ao verem o mar pela primeira vez
Foto: Paula Paiva Paulo/G1

Os indígenas mato-grossenses Iamaxi, de 47 anos, e seu filho Typju, de 21, do povo Myky, vivenciaram uma série de “primeiras vezes” quando deixaram a aldeia Japuíra, no noroeste do Estado, para participar de um seminário que debateu os diversos dialetos indígenas na Universidade de São Paulo (USP), no início do mês: viajaram de avião, visitaram São Paulo – cidade mais populosa do Brasil -, e conheceram o mar. A experiência foi registrada pelo G1.

Depois que participaram do seminário em uma das maiores universidades do país, Typju e Iamaxi foram convidados pelo antropólogo André Lopes, de 35 anos, para conhecer a praia e sua família, que vive em Santos, no litoral de SP.

[featured_paragraph]A relação do profissional com os mato-grossenses é antiga – há mais de 10 anos ele frequenta a aldeia do povo Myky. “Sempre que posso trago alguém de lá para conhecer a minha aldeia”, brincou com a reportagem.[/featured_paragraph]

Em São Paulo, então, conheceram o mar. Typju estranhou o gosto salgado e chegou a dizer que prefere o banho no Rio Papagaio. No entanto, não deixou de apreciar a beleza da praia. “A experiência está sendo legal para mim. Eu sou um jovem que sempre sonhei em conhecer a cidade, conhecer o mar, a realidade ‘não-índio’”, contou.

Foto: Paula Paiva Paulo/G1 – Os indígenas mato-grossenses Myky e o antropólogo André

O jovem indígena também observou com tristeza a poluição nas águas de São Paulo. “Lá na minha aldeia quase não tem tanta poluição assim, de meio ambiente”, comentou. Em Santos, a poluição é ainda maior devido a quantidade de óleo que os navios cargueiros soltam – em razão do Porto.

[featured_paragraph]O pai, Iamaxi, também ficou surpreso, mas gostou da visita. Ele queria mesmo era ver golfinhos e tubarões. Chegou a perguntar para a repórter “mas coisinho aqui não tem, não? Mataram ele? Aqueles que levam…” e ela responde perguntando se seria um golfinho. Ao dizer que sim, ele insiste: “Mas é que ele morreu?”./[/featured_paragraph]

A dupla também foi convidada para atravessar o canal do porto de Santos em uma canoa havaiana. Eles aprenderam a remar nas águas do mar e partiram para a aventura. O vídeo produzido pela reportagem pode ser acompanhado AQUI. Confira!

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes