Servidores comissionados indicados políticos lotados na Secretaria de Saúde de Cuiabá deverão ser exonerados até o fim desta semana. A lista de demissões contém 116 nomes dos 259 que teriam chamados para acomodar vereadores e outros aliados na base do prefeito afastado Emanuel Pinheiro (MDB).
As exonerações foram confirmadas nesta terça-feira (26) pelo prefeito interino José Roberto Stopa. Segundo ele, as demissões saem da auditoria autorizada na semana passada por ele aos contratos apontados pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPE).
A medida cautelar assinada pelo desembargador Luiz Ferreira da Silva, que autorizou a Operação Capistrium, cita 259 contratos entregues pelo ex-secretário Huark Douglas Correia. Boa parte dos contratos estariam a assinatura do ex-secretário.
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“No processo que culminou nesse afastamento temporário do prefeito Emanuel Pinheiro, estão lá 259 contratações. Já tinham sido demitidas 143 pessoas desse total. Infelizmente, na sexta-feira (29) agora nós iremos fazer o desligamento desses 116 contratos que são questionados pelo MP”, disse ele em entrevista à rádio Capital.
Conforme Huark, os 259 contratos entravam na folha de pagamento como “prestador de serviço excepcional por interesse público”, o que ele interpretou como “interesses escusos” do prefeito Emanuel Pinheiro.
Ainda conforme Huark, nos meses em comandou a Secretaria de Saúde de Cuiabá, em 2018, havia entre 800 e 1.000 servidores “sem função e sem espaço para serem acomodados” na pasta.
A Secretaria de Saúde informou em nota que novas demissões poderão ser feitas, a depender dos novos resultados do processo de recadastramento de servidores e avanço da auditoria.