O período das eleições – e a impossibilidade do governo em firmar contratos ao longo dele – causou incômodos para uma mãe com a filha recém-nascida, a secretária de Estado de Educação, Marioneide Kliemaschewsk, e a Defensoria Pública de Mato Grosso.
Marioneide não conseguiu renovar o contrato com a mulher, que atuou como técnica administrativa em uma escola estadual em Cáceres (220 km de Cuiabá). Por conta disso, a servidora não conseguiu dar entrada em sua licença maternidade.
Sem renda e com a filha recém-nascida, ela procurou a Defensoria e o defensor público Saulo Castrillon ingressou com uma ação contra o Estado. Pediu que o cargo fosse reestabelecido ou, ao menos, que se pagasse uma indenização.
E esse não é o único processo motivado pelo período eleitoral. Uma professora, que também atuou em Cáceres, também não conseguiu a licença maternidade.
No caso dela, há ainda o agravante de ter perdido o bebê – que tinha má formação.
A professora, a juíza Hanae Oliveira determinou que seja reintegrada ao cargo ou indenizada em R$ 10 mil. À técnica administrativa, a própria secretária de Educação antecipou que pagará uma indenização equivalente à data de sua exoneração.