Alunos do Curso de Formação de Soldados do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso concluem nesta sexta-feira (21) o Estágio de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais. O curso prepara os militares para atuar neste tipo de ocorrência, cuja demanda se torna crescente a partir de julho.
Em 2018, foram registrados 675 focos de incêndio florestal em julho, um número mais de 25 vezes maior do que o registrado em fevereiro (24), mês que teve o menor índice daquele ano.
Neste ano, de janeiro até o dia 17 de junho, o Corpo de Bombeiros atendeu a 405 ocorrência de incêndio florestal. O número representa uma média de 35 focos de fogo por mês.
As ocorrências registradas pelo Corpo de Bombeiros se referem somente às que demandaram atendimento da corporação. A quantidade de focos de calor registrados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais é maior. Os satélites mostram também as queimadas em plantações e florestas para as quais ninguém abre um chamado.
Treinamento e equipamento
Durante o estágio, os bombeiros militares habilitam-se para as técnicas de aproximação das chamas, produção de aceiros, manutenção das ferramentas e para cuidarem da própria segurança e dos companheiros.
Em 2019, eles terão o apoio de mais uma ferramenta para a gestão de incêndios florestais: as salas se situação desconcentrada. Localizadas em Tangará da Serra, Cáceres, Sinop e Barra do Garças, elas têm a missão de escalar equipes, providenciar viaturas e equipamentos necessários para o combate de incêndios florestais de maiores proporções.
Segundo o Major Jean Carlos Oliveira, do Batalhão de Emergências Ambientais, as despesas com deslocamento e diárias do Corpo de Bombeiros aumentam consideravelmente durante a temporada de incêndios florestais.
“Durante três meses, a demanda é quase a mesma que a corporação inteira usa durante o resto do ano. É um grande desafio administrativo e logístico”, ele diz.
(Com assessoria)