Não bastasse a pandemia em decorrência do coronavírus, outras notícias preocupam o mundo. Um incêndio florestal que ocorre há vários dias na Ucrânia está a poucos quilômetros da usina nuclear de Chernobyl, a mesma da tragédia nuclear que ocorreu em 1986.
O agente de turismo, Yaroslav Emelianenko, afirmou à reportagem da Reuters que as chamas atingiram a cidade abandonada de Pripyat, planejada para comportar os trabalhadores da usina. O fogo, segundo ele, está a cerca de 2 quilômetros do local onde estão armazenados os resíduos mais perigosos da usina.
Autoridades policiais divulgaram que o incêndio começou no dia 4 de abril, depois que um homem colocou fogo na grama seca perto da zona de exclusão. Desde então, as chamas se aproximam da usina.
Felizmente, um batalhão de 300 bombeiros trabalha arduamente para apagar o incêndio em terra enquanto seis aeronaves auxiliam no ar. Porém, Kateryna Pavlova, presidente da agência que gerencia a zona de exclusão da usina, disse à Associated Press que “não é possível afirmar que o fogo esteja controlado”.
Radiação
“Trabalhamos a noite inteira, cavando corta-fogos ao redor da usina para protegê-la do fogo”, diz. Porém, desde o dia cinco de abril, as medições de radiação passaram a ficar mais altas, acima do normal. É o que afirmou Yegor Firsov, diretor do serviço estatal de inspeção ecológica da Ucrânia.
Em questão de poucas horas, oficiais deo governo e Firsov recuaram e informaram que nada está fora do normal na zona de exclusão.
Oficiais do governo, mais tarde, negaram a afirmação, argumentando que os níveis radioativos na área estavam “dentro dos limites normais”. Depois disso Firsov também voltou atrás em sua afirmação.
Agora, a fumaça do incêndio está se movendo em direção à capital, Kiev, provavelmente acompanhada de resíduos radioativos.
