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Idosa tinha obra de R$ 100 milhões na cozinha de casa e não sabia

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Idosa tinha obra de R$ 100 milhões na cozinha de casa e não sabia

Uma das maiores fantasias involuntárias de qualquer pessoa é certamente se tornar milionário da noite para o dia. Agora, imagine viver por anos com a chance disso acontecer por conta de uma obra de arte pendurada em sua cozinha e você não fazer a mínima ideia.

A ironia um tanto cruel é a realidade de uma idosa francesa de 90 anos que quase jogou o pequenino quadro no lixo.

O painel foi feito por um importante pintor e um dos percursores da pintura renascentista italiana: Cenni di Pepo, conhecido como Cimabue.

Nascido por volta de 1240 em Florença, o artista foi o primeiro a usar, entre 1272 e 1302, características revolucionárias que seriam aproveitadas no futuro.

A idosa não tinha ideia de nada disso, mas uma obra do artista estava pendurada em uma parede da casa dela, entre a cozinha e a sala, em Compiègne, a 80 quilômetros de Paris.

A pessoa responsável pela descoberta foi Philomène Wolf, da casa de leilões Actéon. Ela precisou agir contra o tempo.

“Eu precisei abrir uma janela na minha agenda. Se não tivesse feito isso, tudo teria sido mandado para o lixo”, lembra.

O especialista parisiense em história da arte Eric Turquin diz que, apesar de conhecer o valor histórico do painel, não esperava que o valor final do leilão fosse tão alto.

Esperava-se que rendesse algo em torno de 4 a 6 milhões de euros. Mas o historiador disse ao New York Times ter ficado “tremendamente feliz” quando os lances chegaram a 15 milhões.

“O preço foi maior do que eu poderia ter sonhado e havia uma galeria de arte contemporânea participando do leilão, o que foi algo novo para nós”, afirma Turquin.

O comprador foi Fabrizio Moretti.

O quadro de Cimabue foi batizado de “A Zombaria com Jesus” e faz parte do mesmo díptico (duas tábuas de madeira emendadas por dobradiças) com outros dois fragmentos da mesma obra: “A Flagelação de Cristo”, que está em Nova York, e “A Virgem e a Criança com Dois Anjos”, em Londres.

A relação entre as obras foi descoberta por especialistas a partir de pedaços da moldura, do estilo e da técnica e também pequenos túneis em comuns feitos por vermes.

A família não consegue se recordar da origem do quadro, mas acredita estar na posse deles por gerações inteiras. Agora, todos são milionários.

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