O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) deve divulgar ainda em maio uma pesquisa própria sobre os efeitos do novo coronavírus no país. Os dados começaram a ser coletados nesta segunda-feira (4), por telefone.
Em Mato Grosso, 5.284 domicílios – distribuídos em 97 cidades – estão na lista dos que devem ser entrevistados.
A ideia do IBGE – que trabalha em conjunto com o Ministério da Saúde – é fazer uma amostragem de quantas pessoas podem ter contraído a covid-19 no Brasil. Entre as perguntas, os entrevistadores vão querer saber se alguém na casa teve sintomas como febre, tosse e dificuldade para respirar.
“Identificaremos a parcela da população que procurou atendimento e em quais tipos de estabelecimentos de Saúde. Para os que não buscaram atendimento, vamos descobrir como trataram os sintomas”, explica a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Maria Lucia Vieira.
A pesquisa deve complementar os dados dos boletins diários que o próprio Ministério da Saúde, assim como secretarias estaduais, têm divulgado.
No caso de pessoas que tenham sido internadas, o IBGE vai querer saber, por exemplo, se houve necessidade de sedação e de intubação e uso de ventiladores mecânicos. Para quem se tratou em casa, sozinho, a pergunta deve ser “com que remédio?”.
Mercado de trabalho
Outro dado que o IBGE vai levantar é quanto ao mercado de trabalho. Com a pesquisa deve ser possível estimar quantos brasileiros migraram para o sistema home office e, dos desempregados, como foi a busca por uma nova colocação em tempos de quarentena.
O Instituto quer descobrir ainda quantas famílias perderam renda com as medidas de distanciamento social, já que muitas empresas – autorizadas por uma Medida Provisória do governo – optaram por reduzir salários nesse período.
Pesquisa por telefone
A pesquisa sobre o impacto da covid-19 é uma versão especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) que o IBGE já realiza para mensurar, por exemplo, dados do desemprego no país.
Desde o início da pandemia, os entrevistados – que antes recebiam uma visita do funcionário do IBGE – passaram a receber telefonemas. Mesmo assim, de acordo com o Instituto, ainda é possível checar a identidade dessas pessoas.
No site Respondendo ao IBGE ou pelo telefone 0800 721 8181, qualquer pessoa pode informar os números de matrícula, RG e CPF fornecidos pelo entrevistador.
Quem receber a ligação também pode agendar um horário mais confortável para responder as perguntas. Segundo o IBGE, a pesquisa não leva mais que 10 minutos.
(Com Assessoria)