O ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, preso na manhã desta terça-feira (18) alvo da segunda fase da Operação Sangria, é apontado como líder do suposto grupo criminoso que estaria “monopolizando” contratos no setor de saúde de Cuiabá. A declaração é do delegado Lindomar Tófoli, responsável pelas investigações.
“No momento, pelo que foi apurado até agora, ele é a pessoa que mais influencia, que mais usa de mecanismos e de servidores para atrapalhar a investigação”, afirmou o delegado.
De acordo com a Polícia Civil, o esquema visava monopolizar contratos e licitações de prestação de serviços de saúde para as empresas Proclin (Sociedade Mato-Grossense de Assistência Médica em Medicina Interna), da qual Huark fez parte, para a Qualycare (Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar LTDA) e a Prox Participações.
O esquema, segundo o delegado, já existiria há pelo menos seis anos. No entanto, ainda é apurada a extensão da suposta atuação criminosa. Isto é, se aconteceria apenas em nível Municipal, em Cuiabá, ou também em contratos estaduais.
A segunda fase da Operação, deflagrada nesta terça-feira (18), se deu em razão da alegada tentativa de obstrução da justiça e destruição de provas por parte de pessoas investigadas. Oito pessoas tiveram mandados de prisão preventiva expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Apenas um dos alvos, o ex-assessor-adjunto Flávio Taques, não foi encontrado e é considerado foragido.
Depois que foi deflagrada a operação, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, determinou que o atual secretário de saúde, Luiz Antônio Possas de Carvalho, colabore com a investigação, fornecendo todos documentos e informações solicitadas pela polícia. Durante toda a manhã, investigadores, junto com a delegada Maria Alice de Barros, estiveram na sede da Secretaria Municipal de Saúde para colher provas.