Mato Grosso

Homem toma posse de fazenda entregue por Nadaf em delação

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Homem toma posse de fazenda entregue por Nadaf em delação
(Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

Um homem identificado como Roberto teria tomado posse da fazenda entregue pelo ex-secretário-chefe da Casa Civil Pedro Jamil Nadaf em delação premiada fechada com a Procuradoria Geral da República (PGR). A área fica localizada no município de Poconé (100 km de Cuiabá), no Pantanal mato-grossense.

O homem seria o empresário Roberto Peregrino Morales, que alega que a fazenda é de sua propriedade. Ele entrou em uma disputa com Pedro Nadaf depois que o ex-chefe da Casa Civil entregou a área em sua delação.

A invasão foi registrada na 1ª Delegacia de Cuiabá nesta quarta-feira (18) e teria ocorrido no dia 14 de abril. O Boletim de Ocorrência foi registrado por Marcos Flavio de Oliveira, que é funcionário de Nadaf.

“Relata que o suspeito se aproveitou que a propriedade está vazia e invadiu o local, colocando um pneu na entrada da propriedade nomeando o local como Fazenda 5M, relatava que o suspeito substituiu os cadeados utilizados para segurança do local e até solicitou para que o fornecimento de energia junto a empresa responsável, informa que não se trata da primeira oportunidade que a propriedade é invadida pelo suspeito”, diz o Boletim.

Nadaf afirma que comprou a área de Roberto Morales e a deixou em nome do ex-diretor do Serviço Social do Comércio (Sesc) em Mato Grosso, Marcos Amorim da Silva – um laranja.

O empresário Roberto Morales, por sua vez, afirma que não vendeu a propriedade a Nadaf, tendo arrendado a fazenda por um período de três meses. Morales afirma que apenas deu uma procuração para o ex-diretor do Sesc para que ele negociasse a venda da área, o quê não teria sido concretizado. O empresário afirma se vítima de um golpe dado por Nadaf e pelo ex-diretor do Sesc – eles negam.

A fazenda tem um total de 341 hectares e valeria R$ 5,9 milhões, de acordo com a defesa do ex-secretário no acordo de colaboração. Pedro Nadaf afirma que comprou a propriedade, em parte, com recursos desviados de uma desapropriação feita pelo Governo do Estado na região do Lago de Manso. O caso foi alvo de denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) na Operação Seven.

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