Judiciário

Homem que matou cunhado para que não descobrisse traição é condenado a 12 anos

O autor do crime teria tido relação sexual com a cunhada e, para não ser morto pelo marido dela, atirou

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Homem que matou cunhado para que não descobrisse traição é condenado a 12 anos
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

A Justiça mato-grossense condenou Cláudio Campos Rodrigues a 12 anos de prisão pelo assassinato de Odair José de Lima, em março de 2018. Ele foi julgado pelo Tribunal de Júri no dia 13 de novembro.

A sentença é do juiz Murilo de Mesquita, do Fórum de Várzea Grande (30 km de Cuiabá).

Conforme a ação, Cláudio e Odair eram cunhados e o crime teria acontecido por “legítima defesa”. O homem alegou ter achado que a vítima iria atirar contra ele e, por isso, se adiantou.

Odair foi morto em sua casa, o sítio “Santo Antônio”, localizado em Nossa Senhora do Livramento (60 km de Cuiabá). Os jurados consideraram, entretanto, que Cláudio “teria agido sorrateiramente”, dificultando a defesa da vítima.

O crime aconteceu porque Cláudio teria mantido relação sexual com a esposa de Odair uns dias antes do assassinato. E a mulher da vítima, com medo de ser morta, inventou que tinha sido estuprada por um desconhecido.

Odair teria ficado nervoso com a situação e afirmou para a sogra que iria encontrar o estuprador e que mataria essa pessoa. Depois, contou que já sabia a identidade do homem.

Cláudio alegou que estava temendo por sua vida e, por isso, resolveu ir até a casa do homem para conversar. Ele disse que foi armado porque pensava que, assim, seria ouvido por Odair sem colocar sua vida em risco.

Então, na noite do crime, Cláudio foi até o sítio e esperou, escondido, pelo cunhado, que logo chegou de carro com a família. Contudo, ele teria manobrado o carro e jogado o farol na direção de Cláudio. Isso, segundo o autor do crime, o levou a pensar que Odair o viu e se preparava para atirar contra ele.

Odair mal desceu do carro estacionado quando Cláudio atirou.

Conforme a mulher da vítima, Odair caiu atrás do carro. Ela apenas viu o marido morto tempos depois, quando foi ao local com a polícia.

Segundo seu depoimento, depois que chegou na propriedade, o marido pediu que ela levasse os filhos para casa enquanto ele iria guardar o carro em um barracão. Contudo, quando ela estava na residência, ouviu o barulho de tiro e um grito do marido.

A mulher contou que ficou desesperada e que saiu da casa com os filhos em direção a um matagal. Eles foram pelo mato até chegar na casa do vizinho, onde chamaram a polícia.

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