Após 10 dias de greve, o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso, Subseção Sinop (500 Km de Cuiabá), optaram por suspender o movimento a partir da tarde desta quarta-feira (25). De acordo com a presidente do Sindicado, Maria Aparecida Lopes, o retrocesso do movimento foi aceito para atender a decisão judicial da desembargadora Helena Ramos, que considerou o movimento abusivo e determinou o retorno imediato às salas de aula, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.
“Apesar de respeitarmos muito a justiça o nosso retorno foi mesmo para que a prefeita (Rosana Martinelli), não tenha a desculpa de suspender a nossa reunião marcada para sexta-feira (27). Da forma com que ela vem se posicionando essa pode ser a nossa única chance de tentarmos um acordo e garantirmos os nossos direitos. Mas como as nossas esperanças não são das melhores – devido ao tratamento que estamos recebendo desta gestão- nós já estamos preparados para a retomada da greve a qualquer momento”, disse a sindicalista ressaltando que a greve está suspensa e não encerrada.
Lopes ainda fez questão de dizer que já está programado um movimento para sexta-feira (27), pela manhã para acompanhar a sessão legislativa e à tarde para a reunião com a prefeita.
Cerca de 1.700 profissionais da educação deram início á greve geral no dia 16 de abril. O município possui 38 escolas e creches que foram impactadas pelo movimento. Ao todo cerca de 16 mil alunos ficaram sem aulas.
Os servidores cobram alteração da jornada de trabalho de professores e técnicos, o que já é garantido por lei, regulamentação definitiva da jornada do apoio administrativo educacional, reajuste para os profissionais de apoio e técnicos administrativos educacional em 4,77%, inclusão dos motoristas na carreira da Educação e alteração dos coeficientes das tabelas de apoio e técnicos a partir da formação de nível médio profissionalizado.
