Cidades

Gravidez na adolescência: índice de MT cai quase 40%

Pesquisa realizada por ginecologista aponta que números estão diretamente ligados com o Índice de Desenvolvimento Humano das regiões

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Gravidez na adolescência: índice de MT cai quase 40%
(Foto: MART PRODUCTION / Pexels)

O número de meninas com idade entre 15 e 19 anos que engravidam caiu 38,3% em Mato Grosso nos últimos 20 anos. É o que aponta um estudo realizado realizado pela ginecologista Dra. Denise Leite Maia Monteiro.

Secretária da Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Infanto Puberal da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) ela avaliou o período compreendido entre os anos 2000 e 2019.

A pesquisa analisou o número de nascidos vivos (NV) e a Taxa de Fecundidade por Idade Específica (TIEF). No primeiro ano observado, a gestação juvenil atingiu 104,8 meninas em cada mil. Em 2019, esse índice caiu para 64,7 em cada mil.

A especialista aponta que apesar da importante evolução, o cenário da gestação adolescente continua preocupante.

Entre os Estados brasileiros, a redução média foi de 40,7% no número de nascidos vivos de mães adolescentes. Cada Estado, contudo apresentou uma realidade distinta. No Maranhão, por exemplo, a queda foi de 17,4%, enquanto que no Distrito Federal chegou a 56,1%.

“A proporção de nascidos vivos de mães adolescentes do Sudeste e Sul são as menores do País, o que demonstra tendência inversamente proporcional ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)”, comenta especialista.


Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), as regiões Sudeste e Sul apresentam os maiores IDH do país (0,80), seguidas do Centro-Oeste (0,79), Norte (0,73) e Nordeste (0,71).

De acordo com o DataSUS/Sinasc, a cada dia ocorrem cerca de 1.150 nascimentos de filhos de adolescentes.

A especialista da Febrasgo explica que a gravidez na adolescência está associada à evasão escolar, maior perpetuação da pobreza gerando impactos pessoais e sociais.

Na esfera da saúde, “a gravidez precoce acarreta inúmeras consequências para a adolescente e o recém-nascido. As complicações gestacionais e no parto representam a principal causa de morte entre meninas de 15 a 19 anos mundialmente, pois existe maior risco de eclâmpsia, endometrite puerperal, infecções sistêmicas e prematuridade, segundo a Organização Mundial da Saúde. Ainda há consequências sociais e econômicas como rejeição ou violência e interrupção dos estudos, comprometendo o futuro dessas jovens”.

(Da Assessoria)

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