Espiritualidade, natureza e regionalidade. Essas podem ser definidas como as marcas inspiradoras que marcam os grafites do mato-grossense Rafael Jonnier e estão fazendo parte do conceito visual da 64ª edição do Prêmio Jabuti.
Além de Rafael Jonnier, representante do Centro-Oeste, cinco outros artistas foram convidados para imprimir suas marcas no conceito visual da 64ª edição do Prêmio Jabuti, de maneira a representar todas as regiões geográficas do Brasil: Raiz Campos, do Amazonas (Norte); Ciro Schu, de São Paulo (Sudeste); Tereza de Quinta e Robézio, do Acidum Project, do Ceará (Nordeste) e Marcelo Pax, do Rio Grande do Sul (Sul).
O artista plástico Rafael Jonnier explica que procurou desenvolver uma identidade própria e específica para o Prêmio Jabuti. “Sempre tive o desejo de levar a arte regional para todos os lugares fora de Cuiabá e me senti muito honrado e feliz ao ser convidado para participar do novo conceito visual do Jabuti”, conta Jonnier que nasceu em Cáceres, interior do Mato Grosso.
O primeiro contato de Rafael Jonnier com a arte foi quando tinha apenas oito anos de idade e restaurou uma bicicleta. Na adolescência fez cursos de artes gráficas. Se formou em Design de Interiores e é autodidata em Artes Plásticas. Antes do grafite, veio a pop arte. Seu traço ficou marcado nas ruas do Centro Histórico de Cuiabá com o personagem Pescador de Sonhos. A arte do mato-grossense já ultrapassou o continente e esteve em Amsterdã, Holanda, Lisboa e Paris.
Conceito visual da 64ª edição do Prêmio Jabuti
Ao celebrar o centenário da Semana da Arte Moderna de 1922, a CBL e a organização do Prêmio Jabuti relembram os vínculos da premiação com o modernismo e o nacionalismo, valorizando a cultura popular brasileira e o reconhecimento de todas as raízes, com destaque para as heranças indígenas e africanas.
O conceito da 64ª edição, produzido pela agência Via Impressa, reconhece o lugar da arte do grafite como uma atitude antropofágica capaz de mover o pensamento e as artes. É o estabelecimento do grafite como expressão cultural e artística de valor transformador da contemporaneidade, capaz de evocar, mirando o futuro, a inclusão e a interação como parte de seu posicionamento de “prêmio de todas e todos para todos e todas”.
(Da Assessoria)