No dia seguinte à decisão do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) de manter a greve nas escolas da rede estadual, o governo de Mato Grosso emitiu uma “carta aberta aos profissionais da Educação”.
O texto, publicado nesta terça-feira (25), reafirma que a gestão do governador Mauro Mendes (DEM) já atendeu três reivindicações da categoria e que reconhece, sim, o valor dos servidores públicos deste setor.
Entre os pedidos feitos pelos grevistas, o governo sustenta que atendeu o pleito pelo pagamento de férias proporcionais aos professores contratados, “o que nunca foi feito em Mato Grosso”; o pedido pelo chamamento de mais profissionais já aprovados no último concurso público, “medida que será implantada no mês de julho”; e a elaboração de um cronograma de obras para a reforma das quase 400 escolas em “situação crítica”.
Salários
Ainda na carta, o governo reitera que “por absoluta impossibilidade legal” não vai atender, “neste momento”, as reivindicações referentes a reajustes salariais. O Sintep cobra um aumento de 7,6%, além do pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) à categoria.
O documento ressalta, todavia, “que como as leis do RGA e da concessão do aumento não foram revogadas, assim que o Estado ficar abaixo de 49% com o gasto com pessoal, será possível implementar tanto o ganho real, como a reposição da inflação a todos os servidores”.
O governo finaliza afirmando que vem trabalhando para aumentar a arrecadação e controlar o crescimento da máquina pública e que “se mantém aberto para continuar o diálogo, por uma educação pública de qualidade”.
Na assembleia geral realizada na tarde desta segunda-feira (24), o Sintep informou que não vai encerrar a greve enquanto não receber uma proposta do governo.