O primeiro ato do secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo (PSB), será retomar a gestão direta dos hospitais regionais de Mato Grosso. Ele trata do assunto pessoalmente no hospital de Rondonópolis nesta terça-feira (2) e pretende resolver a situação do hospital de Sinop na próxima semana. Atualmente, as duas unidades são administradas pela Organização Social de Saúde (OSS) Instituto Gerir.
“Vamos resgatar o hospital de Rondonópolis, nomear uma equipe gestora e colocar para funcionar”, afirmou Gilberto ao LIVRE, pouco antes da posse como secretário, na tarde de terça-feira (1º). “Não é intervenção. Vamos cuidar daquilo que é obrigação do Estado. O contrato com a OSS está rompido. Não vamos prorrogar mais e vamos assumir a administração do hospital”, explicou.
Com isso, o governo Mauro Mendes (DEM) põe fim ao modelo de gestão por OSS implantado em 2011 na gestão do ex-secretário Pedro Henry, no governo de Silval Barbosa. As entidades chegaram a administrar sete hospitais regionais e a farmácia de alto custo e, no fim do governo Pedro Taques (PSDB), dois hospitais seguem sob esse modelo.
Consórcios intermunicipais
Não é o fim, porém, da terceirização da gestão. Gilberto estuda repassar os hospitais para administração de consórcios intermunicipais de saúde – modelo que vem sendo defendido pelo novo vice-governador, Otaviano Pivetta (PDT), desde o governo Taques, quando ainda eram aliados. “Vamos fazer um plano de investimento e modernização para que a capacidade máxima dos hospitais seja utilizada. Praticamente todos hoje estão ociosos, por incrível que pareça”, disse o secretário.
“Vamos melhorar a estrutura, dotar de pessoal capacitado pra administrar e depois, se possível, fazer parceria com os consórcios municipais de saúde. Existem consórcios muito competentes, conseguem fazer isso melhor que o Estado e estão presentes na região. Já temos conversação com alguns consórcios e vamos aprimorar para entregar os hospitais melhor do que estão hoje”, prometeu.
