Ednilson Aguiar/O Livre
Secretário de Estado de Cidades, Wilson Santos (PSDB) não descarta a possibilidade de o governo do Estado retomar a ideia original de implantação do Bus Rapid Transit (BRT) como novo modal de transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande.
“Agora é hora de discutir o modal: se vai mesmo ser VLT, se vai ser BRT. Todas as possibilidades estão abertas”, disse, em entrevista ao LIVRE.
O BRT foi a primeira opção de modal considerado, assim que Cuiabá foi anunciada como uma das sub sedes da Copa do Mundo de 2014. Acabou substituído pelo VLT, segundo informações da operação Descarrilho, diante da oferta de pagamento de propina a integrantes da gestão Silval Barbosa (PMDB).
Ainda de acordo com Wilson, a prioridade do governo Pedro Taques (PSDB) agora é encontrar uma solução para o problema da obra inacabada. Até mesmo uma continuidade nas negociações com o Consórcio VLT Cuiabá – Várzea Grande é considerada, segundo o secretário.
“Agora entendemos perfeitamente porque os Ministério Públicos colocaram o pé no freio em relação a isso”
“Vai depender do posicionamento que o consórcio vai ter daqui para frente – eles já soltaram uma nota explicando algumas coisas – e, claro, dos Ministérios Públicos Estadual e Federal”, ponderou.
Por enquanto, conforme o secretário, o governo não debate a possibilidade de vender os vagões e desistir do VLT. A hipótese chegou a ser considerada pelo próprio governador, em meados de julho.
Na época, Taques se mostrou crítico à manifestação do MPE e MPF contra o fechamento de um acordo com o Consórcio para a retomada das obras.
“Agora entendemos perfeitamente porque os Ministério Públicos colocaram o pé no freio em relação a isso”, amenizou Wilson. “Nossa missão agora é encontrar uma solução para a sociedade. É nosso dever”.
