O governo de Mato Grosso encerrou o ano de 2017 com um gasto de pessoal que alcança 47,77% da receita corrente líquida, segundo o relatório de gestão fiscal do 3º quadrimestre do ano passado. A receita corrente líquida foi de R$ 13,37 bilhões e o gasto com pessoal de R$ 6,38 bilhões.
O índice está acima do limite prudencial de 46,55% previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LFR), mas ainda abaixo do máximo permitido, que é de 49%. O relatório foi publicado no Diário Oficial do dia 29 de janeiro.
O alto índice persiste mesmo com o ajuste contábil que excluiu da conta o gasto com pessoal da Defensoria Pública e do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF). A manobra de contabilidade criativa, feita com autorização do Tribunal de Contas do Estado (TCE), fez o gasto com pessoal cair de 54% para 45,5% no fim de 2016, para que o governo escapasse da reprovação das contas.
As projeções da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2018 apontam, ainda, que a folha deve chegar a R$ 9,82 bilhões este ano. A receita corrente líquida prevista é de R$ 15,5 bilhões e o orçamento total de R$ 20,33 bilhões.
