O governo do Piauí decretou estado de emergência zoossanitária após constatar foco de peste suína clássica no Estado. A contaminação foi registrada na segunda-feira (8), no município de Lagoa do Piauí, localizado a 43 km de distância da capital, Teresina.

Em nota, o governo diz que está trabalhando com medidas específicas para conter e eliminar o vírus, para assim, evitar a disseminação a outras áreas do Estado.

A Agência de Defesa Agropecuária do Piauí – Adapi, responsável por cuidar do caso, decidiu por interditar as propriedades rurais e outros estabelecimentos com suínos ou produtos com potencial de manutenção e difusão da doença, localizados na área onde ocorreu a contaminação.

Assim, está proibida a saída de suínos e demais produtos de risco, dessas regiões. Os trabalhos para a erradicação do vírus devem durar cerca de 30 dias ou mais.

Peste suína na China

O último relatório do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que trouxe dados do impacto causado pela infestação do vírus na China, indica que até a antepenúltima semana de março, 115 surtos da febre, já haviam sido reportados à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).

Segundo os registros, até aquele momento, o rebanho suíno chinês já havia sofrido uma redução de 12,6%, ficando estimado em 373,8 milhões de cabeças. Queda significativa, uma vez que a proteína suína é a mais consumida no país.

Casos recentes de contaminação no Brasil

Em setembro do ano passado o então ministro da Agricultura, Blairo Maggi, fez um alerta sobre o risco de a peste suína chegar ao Brasil, já que naquele momento, países do Leste Europeu, Ásia e África haviam registrado alguns casos de contaminação.

Naquela altura, Maggi pediu a colaboração dos brasileiros que estavam em viagem para esses países, para que não trouxessem alimentos, principalmente de origem suína, para que não houvesse risco de contaminação.

Contudo, antes que completasse um mês do alerta dado por Maggi, foi constatado o primeiro foco de Peste Suína Clássica no Brasil. O caso ocorreu em outubro do ano passado no município de Forquilha (CE), em uma propriedade de criação familiar de subsistência sem vínculos com estabelecimentos comerciais ou de reprodução de suínos.

Logo após a constatação, foram adotados procedimentos para eliminação do foco, bem como sacrifício e destruição dos suínos, além de investigação epidemiológica em propriedades situadas no raio de 10km em torno do foco.

Antes que outubro acabasse, foram registrados mais três focos da doença no Estado do Ceará. Desta vez, nos municípios de Groaíras, Santa Quitéria e Varjota.

Peste Suína Clássica

Essa doença é causada por um vírus altamente contagioso. É caracterizado por causar febre alta, lesões avermelhadas na pele e, alta mortalidade nos porcos e javalis. Não é prejudicial à saúde humana, mas pode acabar com todo o rebanho suíno do país, caso não seja controlado. Já que não há uma vacina ou tratamento específico para o quadro.

Na forma aguda, o animal contaminado pelo vírus, tem febre alta, lesões avermelhadas na pele e extremidades (orelhas, membros, focinho e cauda), falta de apetite e fraqueza, conjuntivite, alta mortalidade podendo ocorrer entre 5 a 14 dias após a infecção, além dos animais ficarem amontoados.

Na forma crônica, o suíno fica com o apetite irregular, tem febre, diarreia, problemas reprodutivos (aborto, natimorto, e repetição de cio), ocorre nascimento de leitões fracos e debilitados, retardo no crescimento, por fim, apresenta uma melhora, mas logo sofre uma recaída e morre.

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