O governador Mauro Mendes criticou a ação judicial do Ministério Público Federal (MPF) que pediu a suspensão da licença ambiental para a implantação da primeira ferrovia estadual. Ele disse que a justificativa do órgão para barrar o empreendimento seria exagero.
“Se todo lugar por onde índio passar tiver que fazer um estudo de componente indígena, nós vamos parar Mato Grosso. Índio passa por todo o Estado. Não tem índio no meio do caminho. [A terra indígena] está mais a mais de 10 quilômetros. Com todo respeito, eu acho que está errado, está muito errado”, disse ele em entrevista à rádio Centro América nesta sexta-feira (12).
O MPF protocolou na semana passada uma ação civil contra o licenciamento ambiental e qualquer documentação que autorize os serviços para a ferrovia Vicente Vuolo, no trecho que vai ligar Rondonópolis a Lucas do Rio Verde.
O órgão quer que Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) faça uma consulta sobre o eventual impacto do modal para povo Boe Bororo, com TI na região. O MP diz que as autoridades responsáveis pelo empreendimento não fizeram essa avaliação.
A instalação de trilhos entre as cidades por cerca de 8,7 quilômetros, faz parte da primeira etapa de construção, saindo do Parque Intermodal Industrial de Rondonópolis, que chegará até Cuiabá.
A obra está sob a responsabilidade da empresa Rumo Logística.