O governador Mauro Mendes disse nesta quarta-feira (25) que manterá as medidas protetivas contra a disseminação do novo coronavírus que vêm sendo tomadas desde a semana passada via decretos.
Ele, no entanto, indicou que poderá revisar parte delas, que podem ter afetado a atividade econômica no Estado.
“Vamos continuar a restringir o convívio social e a preparar toda a estrutura necessária para atender aos possíveis doentes do coronavírus. Mas não iremos proibir nenhuma atividade econômica essencial, desde que haja a devida obediência às regras sanitárias” disse.
A declaração foi uma resposta do governo do Estado ao pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, na noite dessa terça-feira (24), que tem gerado polêmica.
Bolsonaro voltou a chamar o contágio pelo coronavírus de “gripezinha” e disse que gestores pelo país estão entrando na “onda de histeria” sobre a doença, com a decretação de fechamento do comércio.
Regime de isolamento
Mato Grosso vive regime oficial de isolamento desde segunda-feira (23), quando começaram a valer regras de suspensão das aulas, fechamento de estabelecimentos fora da classificação do comércio de bens essenciais e espaços e órgãos públicos.
No bojo da situação, foi adotado modelo de teletrabalho tanto pelo Poder Executivo quanto por órgãos de outras esferas do poder público, como o Tribunal de Justiça e a Assembleia Legislativa.
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Na terça-feira (24), o governador disse que a previsão da equipe econômica é que a arrecadação do Estado caia de 20% a 30% a partir de abril, até que a situação gerada pela crise do coronavírus se normalize.
Mendes admitiu ainda que a mudança brusca da receita poderá afetar o pagamento das contas públicas, incluindo os salários dos servidores.