Secretário da Casa Civil, Rogério Gallo disse nessa quarta-feira (27) que o impasse na internacionalização do aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, passa pela “inércia de investimentos” da concessionária responsável pela administração do terminal.
Segundo ele, a concessão dos serviços para o setor privado ocorreu por falta de condições financeiras da Infraero, estatal que administra o setor, para adaptar o terminal às regras internacionais. Porém, dois anos após a transferência, as mudanças ainda não teriam começado.
“Em 2019, foi decidido que, por falta de investimento da Infraero, o aeroporto seria transferido para a iniciativa privada, e a COA assumiu no começo de 2020. Mas, até agora só houve inércia da concessionária para fazer investimento”, disse Gallo.
O Governo de Mato Grosso enviou há 10 dias um pedido à Agência Nacional de Aviação Comercial (Anac), Polícia Federal, ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e à Receita Federal para que seja concedida a liberação pouso e decolagens de voos internacionais no Marechal Rondon até 2 de outubro.
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A data tem relação com o andamento da Copa Sul-Americana, da qual Cuiabá participa. A última partida da final está programada para 1º de outubro e o governo projeta a hipótese de o time cuiabano avançar até ao último jogo.
A liberação temporária evitaria que a cada jogo do Cuiabá em casa, haja novo pedido para a liberação de voos de outros países. “Esperamos que até lá essa situação seja resolvida. Não podemos continuar passando por esse papelão”, acrescentou Gallo.
O que diz a COA?
A COA disse em nota que o projeto de ampliação, modernização para a internacionalização do aeroporto Marechal Rondon está concluído e aprovado, e com a empresa responsável pela execução.
O início das obras está marcado para este ano, com previsão de conclusão em 2023. O investimento está estimado em R$ 350 milhões.
“[A obra] tornará o aeroporto internacional de Cuiabá em um dos mais modernos, eficientes e confortáveis do Brasil, não apenas para os clientes que viajam dentro do país, mas, também, para os passageiros internacionais”.
A concessionária disse ainda que, apesar da pandemia, “já realizou uma extensa lista de investimentos em melhorias e modernização na estrutura do aeroporto, sanando de imediato as principais deficiências do local, como prevê o contrato de concessão”.