Mato Grosso

Governo de MT: na reta final do 1º turno, candidatos trocam farpas durante debate

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Governo de MT: na reta final do 1º turno, candidatos trocam farpas durante debate
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

Os cinco candidatos ao Governo de Mato Grosso demonstraram que os ânimos estão mais acirrados na reta final para as eleições deste ano. Os postulantes trocaram diversas farpas durante o segundo debate realizado, nesta sexta-feira (28), pela TV Vila Real.

O candidato Arthur Nogueira (Rede) foi o mais enfático em diversas ocasiões, Mauro Mendes (DEM), Pedro Taques (PSDB) e Wellington Fagundes (PR) trocaram mais alfinetadas e acusações entre si e Moisés Franz (Psol) teceu algumas críticas aos concorrentes.

Se comparado ao primeiro debate da emissora, que foi mais ameno, os postulantes direcionavam as acusações. Taques, por exemplo, foi mais incisivo em relação ao democrata. O tucano disse que Mendes conseguiu renovar incentivos fiscais de suas empresas por ser ligado ao ex-governador Silval Barbosa. Taques chegou a falar que Silval também apoia Wellington.

Mendes, em resposta, afirmou que os incentivos fiscais de suas empresas estão de acordo com a lei, que inclusive foram renovados pelo atual governo. O democrata ainda disse que o tucano é conhecido pelos excessos de promessas e mentiras.

Não satisfeito, Taques disse que a empresa de Mendes entrou em recuperação judicial e que se beneficia dos incentivos fiscais e que vai ter de devolver dinheiro. “Estou cortando o leitinho de muita gente”, ironizou o governador.

Mauro, Arthur e Moisés em diversas oportunidades citaram esquemas de corrupção na gestão Taques. Eles falaram das operações que investigaram desvio na Secretaria Estadual de Educação e do Detran. Em resposta, o tucano falou que nunca passou a mão na cabeça de ninguém e que corrupção existe em todo lugar.

O candidato do partido Rede citou a “grampolândia pantaneira”, como ficou conhecido o esquema de escutas ilegais em Mato Grosso, do qual há denúncia de que veio a tona durante a gestão de Taques.

Ao ser questionado por Mendes sobre o fechamento de sete casas de apoio a dependentes químicos, Taques alegou que, por não ter os números, não poderia explanar. Mas revidou o concorrente dizendo que foi na gestão do ex-prefeito que uma casa de apoio a mulheres vítimas de violência foi fechada. “O Emanuel Pinheiro fez, mas o Mauro Mendes não fez nada”, retrucou.

Wellington questionou Arthur sobre regularização fundiária e este respondeu que é preciso acabar com a politicagem sobre o tema. Arthur disse que em 28 anos de mandato político o republicano nada fez pela regularização fundiária.

O candidato do PR, por sua vez, falou que se eleito vai regularizar cerca de 80 mil propriedades, mas para isso é preciso tempo e pesquisa. Arthur, mais uma vez, ironizou e disse que é fácil Wellington dizer isso apenas durante a campanha, fazendo “propostas milagrosas”.

Moisés Franz questionou Mauro Mendes sobre o que irá fazer para combater a corrupção e atacou o concorrente ao falar de seu envolvimento na compra fraudulenta de um apartamento por meio de leilão judicial.

Mendes, por sua vez, afirmou ser alvo de ataques e mentiras. O democrata ainda disse que há três anos foi citado na Operação Ararath, mas que foi inocentado e que o processo do apartamento é na iniciativa privada e acredita que será inocentado.

VLT

Moisés Franz aproveitou o debate para dizer que os cidadãos querem uma solução rápida para o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Para ele, não se pode jogar o dinheiro já investido no modal no ralo da corrupção.

Sobre o VLT, Mauro Mendes destacou o que vem dizendo durante sua campanha, que vai estudar para encontrar a solução, porque não tem dinheiro para concluir a obra. Wellington disse que vai buscar parcerias junto ao governo federal para tentar finalizar a obra do modal

O candidato do partido Rede alegou que a responsabilidade das obras e entrega do modal era de todos os políticos e que não foram feitas fiscalização. Para ele, foram gastos R$ 1 bilhão com o VLT para o povo pagar a conta depois.

Taques não poupou os ataques a Mauro e Wellington. Ele disse que o dinheiro do VLT foi roubado pelo ex-governador Silval Barbosa e que o ex-prefeito de Cuiabá e outros políticos estavam apoiando e nada fizeram para impedir o roubo.

Saúde pública

Quanto à saúde pública, o governador disse que os candidatos jogam a culpa do que não funciona sobre sua gestão, mas ressaltou que nunca funcionou a contento. Ele aproveitou o tema para criticar Mauro Mendes.

O tucano falou que foi na gestão do democrata como prefeito de Cuiabá que s saúde ficou um caos e passou por 53 dias de greve dos médicos. Ele ainda alfinetou o concorrente Wellington, disse que ele está na política há quase 30 anos e que durante esse tempo sempre houve problema na saúde pública.

Mauro Mendes destacou que quando foi prefeito a saúde no interior não funcionava e que hospitais regionais não funcionam até os tempos atuais. De acordo com ele, o atual governo não faz os repasses devidamente.

Arthur Nogueira afirmou que o Estado está quebrado e os pacientes morrem esperando por atendimento. Ele disse que se eleito vai buscar recursos federais. Wellington Fagundes criticou o governador Pedro Taques ao dizer que a questão da saúde é a que mais atormenta a população.

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