O governador Mauro Mendes disse que irá pedir R$ 676 milhões em ressarcimento do Consórcio VLT por obras “sem funcionalidade” para o Estado. A quantia seria de serviços executados no projeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que não são utilizados nos serviços de trânsito hoje e nem poderão ser incluídos no projeto do BRT.
“Aquilo que o Estado pagou e está aproveitando não dá para pedir de volta. As trincheiras da UFMT, do Zero KM, do Parque Atalaia, os viadutos custaram alguns milhões; a ponte sobre o rio Cuiabá não está concluída, mas daquilo que está feito está sendo utilizado pelo Estado”, disse ele.
O governo anunciou nessa segunda-feira (21) a desistência de instalação do VLT, obra que está parada desde o fim de 2014. O modal será substituído pelo BRT (Bus Rapid Transit), cujos gastos com obras e tarifa ao usuário são estimados em 43% abaixo do VLT.
O governo disse que uma planilha com gastos e serviços executados pelo Consórcio VLT está anexada ao processo de cobrança de ressarcimento. O cálculo foi feito pela Procuradoria Geral do Estado (PGE).
Mauro Mendes afirmou também que o processo em que o consórcio questionava o encerramento unilateral do contrato, em 2019, já transitou em julgado, o que não daria mais direito para questionamentos na Justiça.
Outro lado
O LIVRE procurou o Consórcio VLT para comentar a decisão e a cobrança do governo e foi informado de que o anúncio ainda está em análise pelas empresas.