Ednilson Aguiar/O Livre
O governo de Mato Grosso anunciou, na noite desta sexta-feira (25/08), que rompeu de forma definitiva com o Consórcio VLT Cuiabá – Várzea Grande. A decisão já foi comunicada à 1ª Vara Federal em Mato Grosso, onde tramita uma ação para resolver os impasses na obra do modal.
Em março, o governo anunciou um acordo com o consórcio para a retomada das obras, com previsão de pagamento de mais R$ 922 milhões. No entanto, os Ministérios Públicos Estadual e Federal discordaram dos termos da negociação e dos cálculos.
O rompimento foi motivado pela Operação Descarrilho, deflagrada com base nas delações do ex-governador Silval Barbosa e do ex-secretário Pedro Nadaf. Os dois relataram esquemas de propina para a escolha e implantação do modal, articulados com as empresas responsáveis pela obra.
Investigações da Controladoria Geral do Estado (CGE) apontaram que o contrato com o Consórcio VLT foi alterado ilegalmente depois da licitação com o objetivo de viabilizar a compra antecipada de vagões, trilhos e sistemas do novo modal.
O procurador-geral do Estado, Rogério Gallo, fez a ressalva de que o rompimento com o Consórcio VLT não significa que o governo tenha desistido do modal.
“Não estou falando que não haverá VLT. Não haverá retomada por meio deste contrato com o Consórcio VLT, em razão dos fatos que vieram à tona com a Operação Descarrilho”, disse, segundo informações divulgadas no site do governo.