Meta
Para este ano, a meta de déficit primário está estipulada em R$ 159 bilhões. Segundo o último Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, divulgado na semana passada pelos Ministérios do Planejamento e da Fazenda, a equipe econômica estima que o Governo Central fechará o ano com déficit primário de R$ 157,2 bilhões, com folga de R$ 1,8 bilhão em relação à meta.
Segundo o Tesouro Nacional, o Programa Especial de Recuperação Tributária (Pert), também conhecido como Novo Refis, impulsionou a arrecadação federal em R$ 10 bilhões este ano, além de R$ 8,1 bilhões do aumento de tributos sobre os combustíveis. Do lado das receitas não administradas pelo Fisco, o aumento do preço do petróleo internacional impulsionou as receitas de royalties em R$ 6,8 bilhões. Os regates de R$ 4,1 bilhões do Fundo Soberano também ajudaram a elevar as receitas no primeiro semestre.
Investimentos
Os gastos com os benefícios da Previdência Social aumentaram 2,7% acima do IPCA. As despesas com o funcionalismo público subiram 0,8% além da inflação. Os gastos de custeio (manutenção da máquina pública) aumentaram 4,7% acima da inflação.
As despesas que mais cresceram, no entanto, foram os investimentos (obras públicas e compra de equipamentos), que somaram R$ 21,266 bilhões nos seis primeiros meses do ano, com alta de 21,8% acima do IPCA em relação ao mesmo período do ano passado.
Apesar do crescimento, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) continua executando menos este ano. As despesas do PAC somaram R$ 9,183 bilhões no primeiro semestre, com queda de 13,8% em relação aos seis primeiros meses de 2017 descontando o IPCA.