O governo de Mato Grosso adiou novamente a data para a entrega da central médica que fará atendimento exclusivo a pacientes da covid-19. O anexo em construção ao Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, deverá estar pronto para uso somente em meados de maio.
O prazo, sem data confirmada, foi anunciado nesta sexta-feira (17) pelo governador Mauro Mendes, que afirma ser, ainda com as mudanças de calendário, a “melhor estratégia” para enfrentar o eventual pico de contágio pelo novo coronavírus.
“Nós estamos caminhando a passos muito largos para que em 30 dias possamos fechar a obra de ampliação [do Hospital Metropolitano], será um recorde absoluto no Estado de Mato Grosso fazer 210 leitos, praticamente, em 30 dias”, disse.
A central médica da rede estadual para os casos da covid-19 foi anunciada no fim de março com estimativa de duas semanas para a conclusão das obras.
O governo ressaltou na época que os barracões seriam construídos com material pré-fabricado para acelerar os serviços.
No dia 6 de abril, na primeira visita oficial ao local, o governo alterou pela primeira vez o prazo, dizendo que a entrega ocorreria em 20 dias a partir da data da visita.
Hoje, houve acréscimo de mais 20 dias ao segundo prazo. O gasto estimado está em R$ 17 milhões, conforme o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM)
Hospital de campanha
O governador Mauro Mendes afirmou que a escolha pela construção de um projeto fixo é o mais viável para Mato Grosso, tanto pelo custo quanto pelo uso do espaço após o fim da pandemia.
Segundo ele, os hospitais de campanha, que têm sido a opção em outros Estados, têm custo maior e validade de uso por quatro meses.
“Venceu o prazo desses quatro meses, é preciso pagar de novo. Tem pagar R$ 3 milhões por média cada mês a mais. A implantação custaria em torno de R$ 15 milhões. Nós adotamos a melhor estratégia para entregar resultado, gastando menos dinheiro público”, pontuou.
A central médica está sendo construída para acomodar 278 leitos gerais e de UTI.