O governador Mauro Mendes voltou atrás em sua decisão e não permitirá que militares e outros membros da Força da Segurança Pública de Mato Grosso participem de manifestações políticas no próximo dia 7.
A mudança ocorre após a participação da Polícia Militar em sobrevoo à escola Notre Dame de Lurdes, em Cuiabá, que afastou uma professora da sala de aula por opinião político-partidária. O ato gerou pedido de investigado a Justiça Militar por conotação política da corporação.
“A legislação é muito clara no nosso Estado de que os policiais são vedados de participar de manifestações de caráter político. Acredito que os militares têm consciência disso. Não é uma legislação que eu fiz, que tenha sido feita agora. Eu acho que nós precisamos, neste país, respeitar as leis, a nossa Constituição”, disse ele à CNN Brasil.
No começo da semana, o governador disse que não impediria a participação de militares em manifestações desde que estivessem de folga. Segundo ele, se ocorrer o contrário os servidores poderão ter o ponto do dia de trabalho cortado.
O governador também deu sua opinião na entrevista sobre o atrito entre o presidente Jair Bolsonaro e os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso e suposto viés golpista das manifestações. Ele disse que o Brasil passa por um momento de “criação de fantasmas”.
“Eu não vejo que a democracia corra riscos, a democracia é algo que o Brasil conquistou ao longo de muitas décadas. Nós vivemos o período da ditadura militar, isso não foi bom para o Brasil. Nesse momento cria-se muitos mitos, muitos fantasmas, está se inventando muita coisa, muita fake news nas redes sociais. Não existe risco de comunismo, não existe risco de a gente ter retrocessos”, afirmou.