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Governador decide nesta sexta se mantém chefe da Casa Militar no cargo

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Governador decide nesta sexta se mantém chefe da Casa Militar no cargo

Ednilson Aguiar/O Livre

coronel Evandro Alexandre Lesco

Chefe da Casa Militar afastado, coronel Evandro Lesco

O governador Pedro Taques (PSDB) informou que vai decidir hoje o destino do secretário chefe da Casa Militar, coronel Evandro Ferraz Lesco, e do adjunto, coronel Ronelson Barros. Ambos foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) como operadores do esquema de grampos ilegais no âmbito da Polícia Militar (PM).

“Eu fiquei sabendo da denúncia ontem e vou tomar a decisão hoje”, disse Taques nesta sexta-feira (21), em entrevista coletiva depois da inauguração da Arena+, na Arena Pantanal. “A ação penal não significa condenação. Eles vão ter direito à ampla defesa”, completou.

Lesco e Barros já haviam sido afastados temporariamente das funções quando foram presos preventivamente, em 23 de junho. Mas, na ocasião, o governador havia demonstrado a intenção de mantê-los nos cargos. Além deles, também foi denunciado o coronel Zaqueu Barbosa, ex-comandante-geral da PM, acusado de liderar o esquema de interceptações dentro da corporação, segundo divulgado na imprensa. Zaqueu também está preso.

Pedro Taques negou que tenha ordenado grampos que pudessem interferir nas eleições de 2014. “Da minha parte não [houve interferências nas eleições]. Eu não mandei fazer”, declarou.

O esquema de grampos ilegais veio à tona no dia 11 de maio, e além dos três coronéis, resultou na prisão do cabo Euclides Torezan, cedido ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e o cabo Gérson Luiz Ferreira Correa Júnior. O tenente-coronel Januário Antônio Edwiges Batista, comandante do 4º Batalhão em Várzea Grande, também chegou a ser preso mas já foi solto.

Barriga de aluguel
Os grampos ilegais foram feitos por meio de uma tática conhecida como “barriga de aluguel”, em que telefones de pessoas que não têm relação com o processo são incluídos nos pedidos de quebra de sigilo.

Desse modo, um processo que trata de tráfico de drogas foi usado para quebrar ilegalmente o sigilo de um celular do Gaeco, da deputada estadual Janaina Riva (PMDB), do jornalista José Marcondes “Muvuca”, do advogado José do Patrocínio, além de médicos, empresários e outras pessoas.

Os promotores de Justiça Mauro Zaque e Fábio Galindo denunciaram o esquema de escutas ilegais quando comandavam a Sesp, em 2015. Zaque afirmou que o governador tinha conhecimento do caso. Pedro Taques, por sua vez, tachou a denúncia verbal que Zaque havia feito a ele de “fofoca”.

(Atualizada às 13h25) 

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