José Cruz/Agência Brasil
Gilmar Mendes é ministro do STF desde 2002
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estaria decidido a renunciar ao cargo vitalício para concorrer a uma vaga ao Senado nas eleições de 2018. A notícia é da Rádio Jovem Pan. Segundo o repórter José Maria Trindade, a informação foi obtida em Brasília e confirmada por representantes de Mato Grosso.
Ele afirma que Mendes iria deixar o cargo em setembro. Além da carreira política, Mendes iria se dedicar à área educacional, já que é empresário do setor, um dos donos do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP).
A assessoria do ministro negou a pretensão e disse à Jovem Pan que ele ainda tem muito a contribuir como STF e não pensa em sair agora. A reportagem do LIVRE tentou contato com o ministro, mas as ligações caíram na caixa postal.
Até abril
Pela legislação eleitoral, para disputar uma cadeira no Senado, Gilmar Mendes pode deixar o cargo de ministro e se filiar a um partido até o dia 7 de abril de 2018, seis meses antes do pleito. Na próxima eleição serão eleitos dois senadores.
Essas cadeiras hoje são ocupadas por Cidinho dos Santos (PR), suplente de Blairo Maggi (PP), que está licenciado do cargo para comandar o Ministério da Agricultura, e José Medeiros (PSD), suplente que foi alçado à condição de titular da vaga com a eleição de Pedro Taques (PSDB) a governador, em 2014. Os dois já afirmaram que têm pretensão de disputar a reeleição.
Os rumores de que Gilmar Mendes vai deixar a toga para ingressar na política o acompanham há alguns anos. Ele já foi publicamente convidado por líderes do DEM a se filiar e com frequência é citado por políticos de Mato Grosso como um nome forte para cargos majoritários.
Natural de Diamantino, Gilmar Mendes já foi promotor e fez carreira como advogado-geral da União. Foi indicado para o STF em 2002, pelo então presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Atualmente é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).