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Gilmar Fabris é preso pela Polícia Federal na Operação Malebolge

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Gilmar Fabris é preso pela Polícia Federal na Operação Malebolge

Ednilson Aguiar/O Livre

deputado Gilmar Fabris

A Polícia Federal teria um mandado de prisão em aberto contra o deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) depois de realizar busca e apreensão em seu apartamento na última quinta-feira (14/9) e na manhã desta sexta-feira (15/9). A PF também realizou buscas no gabinete do deputado na manhã de ontem e Fabris foi afastado de seu cargo na Assembleia Legislativa.

Inicialmente, a assessoria da PF havia confirmado a prisão do deputado, mas voltou atrás e afirmou que não poderia fornecer informações sobre a ordem pois o processo corre em segredo de Justiça.

A ação é parte da Operação Malebolge, deflagrada pela PF na manhã de quinta por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux. O deputado é apontado como um dos recebedores de propina no chamado mensalinho da Assembleia durante a gestão do ex-governador Silval da Cunha Barbosa (PMDB).

Em sua delação premiada, o ex-governador afirma que os deputados estaduais recebiam R$ 600 mil anuais, em 12 parcelas de R$ 50 mil, para dar votos favoráveis a projetos do executivo estadual, além de não investigar membros do governo.

Os valores eram desviados de obras do programa MT Integrado, lançado em 2013, que previa obras totalizando mais de R$ 1,5 bilhão em todo o Estado. Silval ajustou junto aos empresários responsáveis pelas obras que a cada medição realizada um valor em propina seria pago, com o objetivo de abastecer os pagamentos aos deputados.

Os pagamentos eram feitos em prédios do governo e também na própria Assembleia. Ao todo, 11 deputados foram filmados pelo ex-chefe de gabinete de Silval, Sílvio Cézar Corrêa, recebendo maços de dinheiro – Fabris não está entre eles. Gilmar Fabris foi filmado, contudo, discutindo os valores pagos a ele e aos demais deputados.

O ex-chefe de gabinete entregou, como prova em seu acordo de colaboração premiada, a relação completa daqueles que receberam o mensalinho.

De acordo com a assessoria do deputado, ele estava em Rondonópolis para agenda política nesta sexta-feira quando foi detido pelos policiais federais.

Em nota, o deputado afirma que respeita o papel da Justiça no seu dever de investigação e no momento oportuno vai apresentar sua defesa. O parlamentar afirma estar disposto a colaborar com as investigações da Procuradoria Geral da República para “estabelecer a verdade dos fatos”.

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