Uma gestante de 25 anos sofreu um constrangimento nessa quarta-feira (3) ao ser obrigada a mostrar a barriga para funcionários de um mercado no Bairro Nova Conquista, em Cuiabá, para provar que o volume dentro de sua roupa era por sua gestação e não por estar furtando algo.
Segundo relato da vítima, por volta das 17h30 ela chegou ao mercado e foi até a sessão de frutas, onde escolheu as que iria comprar. Depois, foi até a sessão de rações para animais e enfim para o caixa do mercado.
Quando se aproximou do caixa, perguntou para o marido se ele tinha notado um funcionário cuidando dela, como se ela estivesse devendo algo.
Na vez do casal passar as compras, o funcionário que estava seguindo a mulher se aproximou e disse ao marido que a mulher teria que levantar a blusa de frio para ele ver o que ela escondia embaixo da roupa.
O marido respondeu imediatamente que ela estava grávida e, mesmo assim, o funcionário insistiu que ela tinha que levantar a blusa.
Ameaça de processo
Ela questionou o funcionário dizendo que poderia processar o mercado por estar fazendo ela passar vergonha, sendo acusada de roubo na frente de muitos clientes e funcionários e, ainda assim, ele seguiu insistindo para que ela levantasse a blusa.
A mulher levantou a blusa e mostrou que não estava furtando nada, mas sim estava grávida, no 6º mês de gestação. Ela perguntou quem era a gerente e ele apontou para uma mulher que estava logo à frente, vendo toda a cena.
O funcionário alegou que a gerente o teria mandado abordar a gestante e conferir o que tinha embaixo da blusa dela.
Revoltada, a mulher pegou as sacolas das compras pelas quais já tinha pagado, foi até a gerente e questionou a atitude de a terem feito passar vergonha na frente de todas as pessoas. Mas a gerente disse que era apenas uma funcionária e esse era o trabalho dela.
Mesmo após provar que não havia furtado nada, a gestante alegou não ter recebido nem mesmo um pedido de desculpas e que continuou sendo tratada como se tivesse praticado um furto.
No início da madrugada desta quinta-feira (4), ela procurou a polícia e registrou um boletim de ocorrência contando o ocorrido. O caso foi registrado como constrangimento ilegal.