Único representante do agronegócio eleito por Mato Grosso para Câmara Federal, Neri Geller (PP) criticou a atuação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que disse ser tutelada pela classe política, e prometeu trabalhar fortemente pela aceleração dos processos de regularização fundiária do Estado.
“Vi muita pobreza no interior e isso passa, principalmente, pela regularização fundiária. O Incra não pode ser tutelado pela classe política, tem que ser solto, sair do processo. Tem assentamentos que estão aí há mais de 30 anos e as pessoas não têm documento porque o Incra não quer. São questões estruturais”, declarou em visita ao LIVRE.
Geller pontuou ainda que integrará a Frente Parlamentar de Agropecuária (FAP) e irá focar sua atuação, especialmente, nos pequenos produtores. “Estarei atento as questões referentes à agricultura familiar e vou lutar para que as reformas necessárias sejam feitas, como a previdenciária e tributária. Precisamos de um Estado mais enxuto, mais leve e mais eficiente”.
Ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e ex-secretário de Política Agrícola do mesmo ministério, Geller disputou sem sucesso a Câmara Federal em 2006 e 2010. Neste ano, obteve 73 mil votos e foi o quarto mais votado. Ele é o mais rico entre os eleitos, com uma declaração de bens à Justiça Eleitoral de R$ 9 milhões.