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GCCO investigará recusa de policiais penais em receber presos nas unidades prisionais

Categoria está de braços cruzados desde o dia 15 de dezembro e custodiados precisam ser remanejados

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GCCO investigará recusa de policiais penais em receber presos nas unidades prisionais
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) investigará a recusa de recebimento nas unidades prisionais por parte dos policiais penais grevistas, paralisados desde o dia 15 de dezembro, em Mato Grosso. A determinação foi feita pelo Delegado Geral da Polícia Judiciária Civil, em substituição legal, Gianmarcio Paccola Capoani.

A designação foi publicada no Diário Oficial de Mato Grosso desta terça-feira (28) e explica que serão averiguados pontuais crimes envolvendo servidores públicos em decorrência dessa recusa.

Em Sinop (500 km de Cuiabá), neste domingo (28), oito presos precisaram retornar à delegacia da cidade, depois que os policiais penais não os receberam na Penitenciária Osvaldo Florentino Leite Ferreira. 

A portaria publicada hoje traz ainda que a PJC deve permanecer em estado de alerta e com escalas excepcionais diante da situação que se instalou no Estado.

Medida emergencial

A PJC já assumiu, desde a última quinta-feira (23), a gestão do recambiamento e vigilância de presos na carceragem do Fórum da Capital, para onde foram remanejadas pessoas que estavam custodiadas em celas de delegacias da Região Metropolitana de Cuiabá.

A medida de contingenciamento foi autorizada pelo juiz Lídio Modesto da Silva Filho, diretor do Fórum, e adotada exclusivamente neste período de greve, após solicitação da Polícia Civil, que definiu um plano operacional como forma de minimizar os efeitos da greve dos servidores do Sistema Penitenciário estadual.

Durante esses mais de 10 dias de paralisação, 728 pessoas presas no Estado foram recebidas pela Polícia Civil.

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A greve

Já perdura por 13 dias o movimento grevista dos policiais penais de Mato Grosso. Aproximadamente três mil servidores pedem a valorização profissional e equiparação com outras categorias da Segurança Pública.

Assim que os profissionais cruzaram os braços, a Justiça reconheceu a ilegalidade da greve e determinou a retomada das atividades. Porém, a ordem não foi obedecida. Em novas decisões judiciais, houve a aplicação de multas diárias ao Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen) e à diretoria, bem como o ordenamento de afastamento da direção sindical, mas isso também não fez a categoria retornar ao trabalho.

A última determinação foi pelo bloqueio das contas do Sindspen e seus diretores. Porém, o cenário ainda permanece o mesmo, sem os trabalhadores em greve.

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