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Gaeco pede a condenação de Riva por quadrilha e desvio de dinheiro público

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Gaeco pede a condenação de Riva por quadrilha e desvio de dinheiro público

Ednilson Aguiar/O Livre

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Ex-deputado estadual José Riva: Ministério Público Estadual quer vê-lo condenado por peculato e formação de quadrilha

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) pediu a condenação do ex-presidente da Assembleia Legislativa José Geraldo Riva (sem partido) pelos crimes de formação de quadrilha e desvio de dinheiro público (peculato).

O órgão, ligado ao Ministério Público Estadual (MPE) ainda pediu uma multa de, ao menos, R$ 42,2 milhões pelos danos causados. Os pedidos estão nas alegações finais do MPE da Operação Imperador.

O ex-deputado liderou um esquema de desvios na Assembleia que teria custado mais de R$ 40 milhões aos cofres do legislativo entre 2005 e 2009.

Riva inicialmente negava as acusações feitas pelo MPE. Contudo, em março deste ano ele passou a colaborar com o caso e citou outros 33 deputados e ex-deputados que também teriam recebido valores.

O dinheiro seria referente a um mensalinho, que teria tido início no governo Dante de Oliveira (falecido) e ganhado força nos governos Blairo Maggi (PP) e Silval Barbosa (PMDB).

Gaeco pede condenação de Riva

O Gaeco cita que, enquanto Silval foi presidente da Assembleia, antes de ser governador, os esquemas tiveram continuidade na Casa de Leis.

Riva afirmou em depoimento que, à época, “só não recebeu quem não quis”, como cita o próprio Gaeco nas alegações finais do processo.

O Gaeco fez as contas. Riva afirmou que cada parlamentar recebia R$ 30 mil por mês. Ao todo, os 24 deputados da Assembleia receberiam R$ 720 mil mensais. Nos 58 meses em que o esquema teria acontecido, R$ 41,7 milhões teriam sido desviados.

Empresas de fachada
O ex-deputado utilizaria empresas de fachada para lavar o dinheiro, que era repassado como um “extra” ao caixa da Assembleia. Foram fraudadas 26 cartas-convite, pregões presenciais e atas de registro de preços do Legislativo.

Empresas como a Amplo Comércio de Serviços e Representações, Livropel Comércio e Representações e Serviços, Real Comércio e Hexa Comércio e Serviços de Informática teriam sido usadas no esquema.

Segundo o Gaeco, eram emitidas notas fiscais frias constando como compra de materiais de escritório como cartuchos e tonners para impressoras, além de máquinas de xerox.

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