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Gaeco diz que grampos contra Janaina não partiram de sistema do grupo

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Gaeco diz que grampos contra Janaina não partiram de sistema do grupo

 

Ednilson Aguiar/O Livre

 Dep Janaina Riva

 


O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) informou que os grampos
 supostamente feitos por policiais militares contra a deputada estadual Janaína Riva (PMDB) não utilizaram o sistema Guardião pertencente ao grupo, ligado ao Ministério Público Estadual (MPE). A checagem, feita a pedido da própria deputada, não encontrou os dois números pertencentes a ela que constavam na autorização judicial para as escutas.

A certidão, assinada pelo promotor de Justiça Marcos Bulhões, contradiz o que havia informado a Polícia Militar (PM), de que os grampos teriam sido realizados com o Guardião pertencente ao MPE por meio de um termo de cooperação técnica feito entre a polícia e órgão.

Em Mato Grosso, existem apenas outros dois sistemas Guardião, que realizam interceptações mediante autorização judicial. Além do sistema licenciado para o Ministério Público, existe um sendo usado pela Polícia Judiciária Civil (PJC) e outro sendo utilizado pela Polícia Federal (PF).

A denúncia dos grampos apresentada pelo promotor Mauro Zaque, que à época respondia pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), contém uma nota fiscal de compra de dois equipamentos que podem ser utilizados em escutas. A nota foi emitida em nome do coronel Evandro Alexandre Ferraz Lesco, chefe da Casa Militar do Estado de Mato Grosso, e o endereço de entrega é também o da Casa Militar: Avenida Historiador Rubens de Mendonça, 6135.

No comprovante de maio de 2015, constam a compra de um Módulo GSM, utilizado para realizar as gravações, e um Servidor de Aplicação, equipamento que serve para armazenamento dos dados, por R$ 24 mil.

Grampos ilegais
Segundo os procuradores Mauro Zaque e Fábio Galindo, à época secretário e sub-secretário da Sesp, uma investigação relacionada ao tráfico de drogas na região de Cáceres em 2014 foi utilizada para interceptação ilegal de diversos números de telefone. No esquema chamado de “barriga de aluguel”, foram incluídos telefones de pessoas que nada tinham a ver com a investigação. Em 2015, novos nomes foram inseridos em uma decisão da cidade de Sinop.

Entre os grampeados estavam a deputada Janaína Riva, o ex-vereador Clovito Hugueney (falecido), o desembargador aposentado José Ferreira Leite, o advogado eleitoral José do Patrocínio, além de jornalistas, médicos e até mesmo uma ex-amante do ex-secretário-chefe da Casa Civil Paulo Taques. Segundo o procurador Mauro Zaque, o governador Pedro Taques (PSDB) sabia das escutas, e foi avisado por ele por diversas vezes: o governador nega.

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