Andrea Lobo/O Livre
Drieli Azeredo Ribas, alvo do mandado de condução coercitiva
Servidores da Assembleia Legislativa e do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), além de funcionários da cooperativa de crédito Sicoob e da Faespe (Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual), estão entre os alvos da segunda fase da Operação Convescote, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado) na manhã desta sexta-feira (30).
Desde as 6h, equipes das polícias Civil e Militar cumprem 13 mandados de condução coercitiva e busca e apreensão expedidos pela Vara Especializada do Crime Organizado da Capital.
“A operação visa desarticular uma organização criminosa engendrada para saquear os cofres públicos (…) por intermédio da FAESP”, diz trecho de nota encaminhada pelo Ministério Público à imprensa.
Entre os conduzidos até a sede do Gaeco, no Centro Político e Administrativo, está o diretor financeiro do TCE, Eneias Viegas da Silva, encarregado de atestar a prestação de serviços da Faespe no convênio firmado com o tribunal. Outro servidor do órgão alvo de mandado foi o auditor Marcelo Catalano.
Da Assembleia Legistiva, foram confirmados os nomes de dois assessores do deputado Guilherme Maluf (PSDB): Odenil Rodrigues de Almeida e Suede Luz. O ex-servidor Tschales Franciel Tschá, exonerado em fevereiro do cargo de secretário-geral, também foi alvo de condução coercitiva.
Segundo a promotoria, a investigação encontrou indícios de crimes de constituição de organização criminosa, peculato, lavagem de capitais e corrupção ativa.
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Tschales Franciel (em segundo plano), exonerado em fevereiro do cargo de secretário-geral da Assembleia Legislativa, acompanhado do advogado Zaid Arbid
Maluf fala
Em nota, o deputado Guilherme Maluf defendeu os contratos com a Faespe, assinados durante a gestão dele como presidente da Assembleia. Disse que o trabalho permitiu a “realização de diversas ações de modernização administrativa do Parlamento, incluindo a assessoria técnica aos trabalhos das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), compatibilização da legislação, auditoria de folha e protocolos de gerenciamento eletrônico dos processos em tramitação”.
Afirmou ainda que, no final de sua gestão na Presidência do Legislativo, em dezembro de 2016, determinou a realização de uma auditoria interna para apurar supostas irregularidades na execução dos contratos.
Sobre os servidores, Maluf informou que “aguarda informações sobre os questionamentos”. Também frisou que “cotinua à disposição da Justiça para esclarecer qualquer dúvida sobre os contratos”.