Uma funcionária da Unidade de Vigilância e Zoonoses de Cuiabá denunciou a diretora do programa Bem Estar Animal, vinculado à Prefeitura de Cuiabá, por “se apropriar” de um cão filhote. O animal havia sido levado ao abrigo pela diretora e seria colocado para adoção.
A polícia registrou que a mulher procurou a base comunitária no bairro Ribeirão do Lipa para denunciar as ações da diretora, que teriam acontecido no fim de dezembro do ano passado.
De acordo com a denúncia, a funcionária encontrou a diretora em uma área restrita aos animais domésticos com três pessoas, sendo que uma delas carregava um cãozinho nos braços.
A mulher, então, questionou a diretora se algum técnico da unidade a estava acompanhando e teve uma resposta negativa, de que não havia a necessidade, considerando que, como diretora, ela tinha acesso livre à área.
A funcionária, então, considerou que a diretora teria desrespeitado o aviso de restrição a entrada de pessoas e que o animal levado estava sob guarda da instituição, ainda que a própria diretora tivesse sido a responsável por levar o cão para adoção. Dessa forma, ela teria “desrespeitado protocolos de adoção”.
Outro lado
O LIVRE entrou em contato com a Prefeitura de Cuiabá, responsável pelo programa, e foi informado de que, conforme dito pela própria diretora à funcionária, ela tem autonomia e acesso irrestrito à unidade, que dá abrigo a animais resgatados das ruas.
O secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Juares Samaniego, observou também que o “protocolo de adoção” questionado pela funcionária trata-se de uma ficha, que será assinada pela diretora acusada. Ele ainda frisou que, para uma pessoa adotar o animal, é necessário entrar no espaço para ver os diferentes bichos e que, por isso, não vê irregularidades na ação.
O LIVRE também procurou a diretora para ouvir o outro lado, mas não conseguiu contato.