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Fronteira com MS: Bolívia registra caso suspeito de varíola de macacos

Caso está sendo acompanhado por autoridades sanitárias, que estudam a possibilidade de se adotar medidas de controle na fronteira

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Fronteira com MS: Bolívia registra caso suspeito de varíola de macacos

Um caso suspeito de varíola de macacos foi registrado em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e deixou toda a região de fronteira em alerta. O paciente é um rapaz de 24 anos, que está isolado à espera do resultado dos exames. Se for confirmado, este será o segundo registro na América do Sul. O primeiro deles foi confirmado sexta-feira(27) na Argentina.

A cada vez mais a doença se aproxima do Brasil e de Mato Grosso. Santa Cruz de La Sierra faz fronteira com Mato Grosso do Sul, especificamente no município de Corumbá, e levanta suspeita por todo território boliviano, que também faz divisa com Mato Grosso na região oeste do Estado.

Conforme o site Campo Grande News, o secretário municipal de Saúde de Corumbá, Rogério Leite, disse que o Ministério da Saúde está acompanhando a situação e já estuda a possibilidade de se adotar controles semelhantes ao da covid-19.

Varíola de macacos

De acordo com o Instituo Butantan, esse tipo de varíola é causada por um vírus que infecta macacos, mas que incidentalmente pode contaminar humanos. Existem dois tipos de vírus da varíola dos macacos: o da África Ocidental e o da Bacia do Congo (África Central). Embora a infecção pelo vírus da varíola dos macacos na África Ocidental às vezes leve a doenças graves em alguns indivíduos, a doença geralmente é autolimitada (que não exige tratamento).

Médico infectologista do Hospital Universitário de Brasília (UnB), André BonAndré, explica que essa varíola como uma “doença febril” aguda, que ocorre de forma parecida à da varíola humana. “O paciente pode ter febre, dor no corpo e, dias depois, apresentar manchas, pápulas [pequenas lesões sólidas que aparecem na pele] que evoluem para vesículas [bolha contendo líquido no interior] ate formar pústulas [bolinhas com pus] e crostas [formação a partir de líquido seroso, pus ou sangue seco]”.

De acordo com o Butantan, é comum também dor de cabeça, nos músculos e nas costas. As lesões na pele se desenvolvem inicialmente no rosto para, depois, se espalhar para outras partes do corpo, inclusive genitais. “Parecem as lesões da catapora ou da sífilis, até formarem uma crosta, que depois cai”, detalha. Casos mais leves podem passar despercebidos e representar um risco de transmissão de pessoa para pessoa.

Até o momento, foram identificados casos em 21 países, incluindo Espanha, Itália, Portugal, Reino Unido, Austrália, Bélgica, França, Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Holanda, Suíça, Suécia, Áustria, Israel, Dinamarca, Eslovênia, República Tcheca, Emirados Árabes Unidos e Finlândia.

(Com informações Agência Brasil e Campo Grande News)

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