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Fotógrafo estreia circulação de exposição no Xingu, durante o Kuarup

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Fotógrafo estreia circulação de exposição no Xingu, durante o Kuarup

Seguindo a premissa do edital Circula MT, que é de levar conteúdo artístico a lugares em Mato Grosso onde o acesso é limitado, o fotógrafo documentarista percorre grandes distâncias para levar a exposição Olhares Ocultos, Passagens Perceptíveis.  De 3 a 9 de setembro, estará na aldeia ulupuwene da etnia wauja, localizada no Xingu.

Ao tempo em é realizado o ritual Kuarup, Santian exibe 20 imagens do acervo, registradas em diferentes ecossistemas mato-grossenses, como o Cerrado, Amazônia, Araguaia e Pantanal. Segundo o crítico de arte, José Serafim Bertoloto, “é uma visão nada tradicional de recepção onde identifico detalhes da natureza, agora imolada pela presença do homem predador”.

Dentre as imagens mais marcantes figura a série “trabalhadores”, que registra a construção de uma casa indígena xinguana e um armazém de grãos da região Nordeste do Estado. As imagens se comunicam na compreensão do espectador com o realce das formas, texturas e geometria de ambos objetos. Também provoca reflexão sobre um elo entre o homem predador e sua origem ancestral

Ao fazer o registo fotográfico de ambientes naturais e em transformação, o fotógrafo traz como identidade em seu trabalho um olhar documental artístico. Segundo a assessoria do projeto, o público, além de se encantar pela beleza das paisagens naturais, ultrapassará os momentos contemplativos em uma imersão de apelo ecológico pela preservação e conservação dos ecossistemas, assim como observar a terra desnuda, a guerra do fogo, silêncio e paisagem, como ressalta o crítico em texto de apresentação.

Na semana seguinte, de 11 de setembro a 3 de outubro, estará em Santiago do Norte. Depois, segue para Chapada dos Guimarães, entre os dias 6 de outubro e 6 de novembro e por fim, chega a Vila Bela da Santíssima Trindade, onde exibe seus trabalhos de 9 de novembro a 9 de dezembro.

O artista conta que a mostra não passa por estes locais, apenas e que deixará uma “semente”. “Estou levando para cada região reproduções das imagens expostas, para deixar de presente a cada comunidade. A série contendo 20 fotos poderá ser utilizada como material didático em escolas ou integrar acervo de comunidades carentes para inspirar e provocar reflexões sobre o papel da sociedade diante da urgência da conservação ambiental”, diz Santian.

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