Representantes de três países se reuniram manhã desta segunda-feira (6) na abertura do Fórum Internacional do Pantanal (FIT), em Cuiabá, para discutir a retomada econômica do setor de Turismo, bem como a preservação do bioma Pantanal, que interliga Brasil, Bolívia e Paraguai.
“Para as araras não existe fronteira de países, elas voam por aí. E nós, como seres humanos, temos a obrigação de preservar a natureza”, disse o cônsul da Bolívia, David Perez Rapu.
O mote da crítica foi o incêndio de grandes proporções que aconteceram no Pantanal brasileiro, em 2020 e 2021. Os episódios acumularam os prejuízos para o turismo num cenário já afetado pela paralisação da economia, em decorrência da pandemia.
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A situação é assunto de uma mesa redonda que abre a programação do fórum. A hipótese levantada pelo secretário da Casa Civil, Rogério Gallo, é a criação de marcos regulatórios internacionais entre os países integrados pela área.
O secretário de Meio Ambiente de Goiás, Fabrício Muniz, diz que a falta de leis de proteção e incentivo ao turismo é um dos pontos fracos do Brasil. “O turismo merece maior atenção dos legisladores brasileiros. É uma atividade que representa 9,2% do PIB (Produto Interno Bruto)”, comentou.
Ele criticou ainda as dificuldades da aviação civil brasileira para oferecer voos com roteiro turismo. O secretário afirmou que parte do problema se deve à concentração das habilitações do serviço no governo federal.