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Flor Ribeirinha dança para 500 mil em 25 apresentações durante dois meses na Europa

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Flor Ribeirinha dança para 500 mil em 25 apresentações durante dois meses na Europa

Em dois meses de turnê pela Europa, realizada entre os dias 14 de junho e 18 de agosto, os mato-grossense do grupo Flor Ribeirinha apresentaram o premiado espetáculo Mato Grosso Dançando o Brasil para um público estimado em 500 mil expectadores em cidades da França, como Martigues, Felletin, Sochaux, Pouliguen, Montoire e Confolens, finalizando na capital Paris. Durante o período, foram 25 apresentações, além de 12 desfiles e animações pelas avenidas das cidades francesas, com interação entre dançarinos, músicos e o público.

Tradicional da comunidade São Gonçalo Beira Rio, de Cuiabá, o Flor Ribeirinha iniciou a turnê por Moscou, na Rússia, onde se apresentou na final da Copa do Mundo, intercâmbio cultural que possibilitou grande interação com um público presente na Praça Vermelha.

Integrando a programação de festivais, o grupo participou de coquetéis e solenidades de troca de presentes, uma tradição protocolar que ocorre em grandes eventos internacionais, como forma de integração entre os países participantes e o anfitrião. As autoridades locais receberam do grupo Flor Ribeirinha violas de cocho, que simbolizam a o artesanato, a cultura e o turismo de Mato Grosso.

O diretor Artístico e coreógrafo do Flor Ribeirinha, Avinner Augusto, frisou que em todas as cidades o grupo deixou uma marca. Além das apresentações nos palcos, o grupo promoveu 16 cursos e oficinas sobre danças populares brasileiras, notadamente o siriri. “Participamos de várias palestras organizadas pelos festivais, onde tivemos a oportunidade de mostrar a cultura de Mato Grosso no coração da América do Sul. Nesses momentos, falamos sobre os nossos figurinos e instrumentos, o histórico de cada um, e o que eles representam. Ficamos impressionados com o interesse dos franceses em conhecer a nossa cultura”, observou.

Jeferson Guimaraes Rosa, diretor Administrativo, ressaltou, ainda, que o grupo promoveu a divulgação da cultura do Estado e das diferentes regiões do país, destacando a reação do público presente nos festivais de Martigues, Felletin, Montoire e Confolens. No local e nas ruas, as pessoas falavam das apresentações e que ficaram encantadas com a dança e o repertório musical. “Nossa missão foi de fazer o trabalho com um propósito. Fizemos conforme a proposta da organização dos eventos em todas as cidades, por qual passamos”, assinalou.

Para a fundadora e presidente do grupo, Domingas Leonor da Silva, foram momentos muitos especiais. Ela frisou que, apesar de todas as dificuldades enfrentadas para conseguir levar o seu grupo, a experiência foi gratificante para o grupo. “Mostramos o nosso trabalho, a beleza e a força da nossa cultura. Agradeço a Deus todos os dias por esta oportunidade. Estamos felizes com o resultado”, disse Domingas.

Na avaliação do presidente da Federação Brasileira de Artes Populares-FEBRARP, Regis Bastian, o 61º Festival de Confolens foi um dos mais importantes de todo o mundo, reunindo grupos e companhias folclóricas de elevado nível artístico, oriundas de países da América, Ásia, África e Europa. Ele enalteceu o grupo Flor Ribeirinha que levou o melhor do folclore brasileiro em um espetáculo dinâmico, abrangendo todas regiões brasileiras.

O quadro alusivo ao norte – uma amostra da cultura indígena ao som de Celebração da Fé – foi a sensação dos festivais, sendo o tema escolhido para coreografia de abertura do Festival de Martigues e para o encerramento do Festival de Montoire, além de ter abrilhantado inúmeros espetáculos de gala e coreografias conjuntas com outros grupos. “Este tema também foi o escolhido para a última noite do Festival de Confolens e foi de arrepiar. Milhares de pessoas ovacionaram a atuação do grupo. Parabenizo a direção, músicos e bailarinos. O Brasil foi mais uma vez excelentemente representado”, garantiu Regis.

Mato Grosso Dançando o Brasil 

O espetáculo Mato Grosso Dançando o Brasil homenageia as danças das regiões brasileiras, o Norte com a dança do Boi Bumbá; o Nordeste com o frevo; o Sudeste com o samba e o Centro Oeste com o tradicional siriri mato-grossense. Trata-se do espetáculo que venceu o maior festival de folclore do mundo, realizado no ano passado na Turquia, quando o grupo Flor Ribeirinha se consagrou campeão, trazendo para Mato Grosso o troféu ouro, que foi disputado com países de outros continentes.

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